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terça-feira, janeiro 20, 2015

Imediatismo e excesso de otimismo - um custo altíssimo para o povo brasileiro - Setor Elétrico

Apagões e o Brasil
No nosso país os apagões estão se tornando acidentes extremamente perigosos e de custos mal avaliados. Em compensação o Setor Elétrico agora é um ambiente de especulação financeira e política.
Precisamos crescer, gerar empregos, dignidade. Nada pior para uma pessoa honesta e responsável do que a ociosidade, não poder trabalhar, não merecer o que recebe, se tiver alguma fonte de renda. Ser produtivo, contudo, depende de fatores externos, principalmente dos nossos governantes federais. De repartições públicas de Brasília saem diariamente decisões que viabilizam ou inibem oportunidades de trabalho.
O que é lamentável, contudo, é a predisposição dos nossos políticos para a conquista fácil de votos, sem se preocuparem em formar um povo eficaz, produtivo e satisfeito com o país em que vive.
Os serviços essenciais, por exemplo, se transformaram em pasto de especuladores e oportunistas. No Brasil gradativamente, mais uma vez, terminamos sob o império internacional de grupos muito bem camuflados.
O apagão de 19 de janeiro de 2015 foi exemplar. A fragilidade de um sistema ainda mal equilibrado é preocupante.
A modelagem construída coloca a produção, transformação, transmissão e distribuição de energia elétrica em leilões e acordos que se subordinam a interesses financeiros e empresariais, e não à necessidade de atender com segurança e qualidade o povo brasileiro.
Não é de se estranhar a ausência de campanhas permanentes, fortes e inteligentes de racionalização do uso da energia. O que importa é o lucro.
O Setor Elétrico, mais do que essencial, depende de conveniências de grupos privados e disposição dos governantes para enfrentar e decidir de forma adequada diante dos interesses e fobias de ONGs e até de países estrangeiros. Aqui dentro a ação de empresários nem sempre nacionalistas, procurando apenas a satisfação de suas necessidades, leva ao desperdício e mal uso de nossos recursos naturais. Exportamos energia em forma de lingotes e produtos semiacabados. A mina de ouro, a Tecnologia mais nobre, fica lá fora.
Pior ainda, o mito de que nossa Presidenta entende de energia está custando uma fábula de dinheiro para os brasileiros. Em energia elétrica, onde podemos falar com mais convicção, é desolador ver que só não estamos com um tremendo racionamento porque a Economia parou há um ano, pelo menos. Continuamos com índices de crescimento ridículos e elevações de custos e impostos.
Mas, e a eletricidade?
Chegamos a um cenário assustador. Reservatórios muito baixos (o que inclusive reduz o rendimento das usinas), atraso de obras importantes, cultura do desperdício, lógicas equivocadas de custo e benefício, padrões precários, cultura técnica insuficiente etc., ou seja, mais do que simplesmente a falta de chuvas e a onda de calor. Pior ainda, a atuação de até federações industriais, FIESP para ser mais preciso, querendo baixar tarifas quando era o momento de uma ação inversa, racional e severa [ (Dilma anuncia redução ainda maior na tarifa de energia, 2013), (Vídeo: Dilma reconhece pioneirismo da Fiesp na luta pela redução das tarifas de energia), (Fiesp lança campanha “Energia a preço justo”, 2011)].
Qual seria a campanha da FIESP agora?
Redução de consumo?
Seria fantástico se nossos grandes empreendedores levassem ao governo bons projetos e parcerias de boa qualidade e honestidade. O Brasil precisa de tudo, em São Paulo até água está faltando.
Com os escândalos apontados pela mídia, Operação Lava Jato, Metrô de SP etc. concluímos que a parceria governo e centrais de empresários não foi muito saudável...
Cascaes
20.1.2015
Dilma anuncia redução ainda maior na tarifa de energia. (24 de 1 de 2013). Fonte: FIESP: http://www.fiesp.com.br/noticias/dilma-anuncia-reducao-ainda-maior-na-tarifa-de-energia/
Fiesp lança campanha “Energia a preço justo”. (18 de 8 de 2011). Fonte: FIESP: http://www.ciesp.com.br/noticias/fiesp-lanca-campanha-energia-a-preco-justo/
Vídeo: Dilma reconhece pioneirismo da Fiesp na luta pela redução das tarifas de energia. (s.d.). Fonte: FIESP: http://www.fiesp.com.br/multimidia/video-dilma-reconhece-pioneirismo-da-fiesp-na-luta-pela-reducao-das-tarifas-de-energia/


terça-feira, julho 22, 2014

Planejamento do Setor Elétrico e Modelo Institucional

Planejamento do Setor Elétrico

Energia elétrica a cada dia que passa vai se tornando um serviço, produto, insumo essencial. Em tudo e por tudo exige uma política amplamente consensada e eficaz de geração, transformação, transmissão, distribuição e consumo.
Lógicas puras e simples de mercado esbarram na mistura suicida de recursos, fontes e motivos de utilização.
O Brasil sempre perdeu essa luta, pois foi vítima de modismos à esquerda e à direita. Assim não temos tecnologia nacional que mereça destaque e vivemos sob riscos de apagões, racionamentos, tarifaços etc., tudo regado com propagandas e discursos enganosos.
O Setor Elétrico nacional passa por momentos que exigiriam auditorias colossais e absolutamente independentes de nossas lideranças energéticas e grupos econômicos interessados em explorar (literalmente) um serviço essencial, em última análise, esfolar o povo.
Existem autarquias ou empresas que assessoram o MME (2): (1) EPE,  ANEEL (3), ONS (4), CCE (5), Eletrobras (6) e consultorias e consultores independentes.  Muitos estados têm secretarias de energia. Entidades empresariais costumam possuir “especialistas” em energia e inúmeras universidades, conselhos e etc. dando palpite sobre a área energética. É por excelência o lugar em que poderíamos dizer: quanto mais gatos, mais ratos. Que bagunça!
O povo brasileiro foi dividido[1] entre aqueles que podem escolher fornecedores de energia[2] elétrica (grandes empresas podem ter assessorias especializadas[3]) e o resto, a imensa maioria, dita cativa. Esse universo de consumidores sem a opção de assumir riscos (ganhando ou perdendo) é agora penalizado brutalmente com tarifaços de energia, gradualizados, pois as eleições vêm aí.
As concessionárias de distribuição, aquelas que tratam do consumidor comum (cativo) estão em situação precária, implorando novas tarifas ou empréstimos privilegiados para enfrentar um mercado nebuloso de energia (3). Eventualmente, fazendo parte de alguma holding (Copel por exemplo), esta pode ganhar em uma ponta e perder na outra.
Em nenhum momento nem os governantes tampouco as concessionárias empreenderam campanhas de racionalização do usa da energia para suportar a expectativa de dificuldades de atendimento aos seus clientes.
A energia mais ecológica e menos cara do mundo é a que conquistamos não desperdiçando, tira votos e lucros, contudo. Ao contrário, a famosa FIESP (8) chegou a fazer campanha feroz para redução das tarifas de energia em momento extremamente inoportuno, sem disposição para solicitar diminuição de impostos teve, afinal pode-se transferir o ICMS (8) para o vendedor final...
O Governo mordeu a isca, demoliu empresas e cometeu a MP 579 (10) e outras besteiras. Além de degradar empresas de referência e que podiam muito induziu as concessionárias a PDVs sem critério técnico, exceto tempo de empresa.
Em tempo, note-se que os estados faturam alto com o ICMS sobre a energia elétrica, querem redução de consumo?
Grandes obras atrasaram, seus empreendedores vão compensar o consumidor final de energia?
Nessas condições devemos pensar em ajustes radicais num setor que além de essencial é impactante (meio ambiente) e exige mais e mais fontes de energia, tal como acontece com o petróleo, onde poucos questionam a extração em locais perigosos a todos.

Cascaes
22.7.2014

1. MME - Ministério de Minas e Energia. MME. [Online] http://www.mme.gov.br/mme.
2. EPE - Empresa de Pesquisa Energética. EPE. [Online] http://www.epe.gov.br/Paginas/default.aspx.
3. Agencia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. [Online] http://www.aneel.gov.br/.
4. ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. ONS. [Online] http://www.ons.org.br/home/.
7. Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico. [Online] http://www.ilumina.org.br/.
8. Energia a Preço Justo. FIESP. [Online] http://energiaaprecojusto2.azurewebsites.net/.
9. Lunelli, Reinaldo Luiz. CRÉDITOS DE ICMS - ENERGIA ELÉTRICA. Portal Tributário. [Online] http://www.portaltributario.com.br/artigos/creditoicmsenergia.htm.
10. MP 579 - MEDIDA PROVISÓRIA Nº 579, DE 11 DE SETEMBRO DE 2012. planalto.gov.br. [Online] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/mpv/579.htm.




[1] O consumidor é qualquer pessoa física ou jurídica que solicite à concessionária o fornecimento de energia elétrica e assuma a responsabilidade pelo pagamento das faturas e demais obrigações fixadas em regulamentos pela ANEEL. Hoje o mercado se divide entre consumidores livres, com direito a escolher seu fornecedor, e consumidores cativos, vinculados à concessionária que atende seu endereço.

[2] Consumidor livre é aquele que, atendido em qualquer tensão, tenha exercido a opção de compra de energia elétrica, conforme as condições previstas nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995Decreto n. 5.163, de 30 julho de 2004 (Diário Oficial, de 30 jul. 2004, seção 1, p.1). Fábricas, shoppings, indústrias que estão enquadrados nesta categoria podem hoje escolher de quem comprar energia.

[3] Fazem parte da categoria os agentes importadores,  exportadores e comercializadores de energia elétrica, além dos  consumidores livres e dos consumidores especiais. As empresas comercializadoras compram energia por meio de contratos bilaterais no ambiente livre, podendo revender esta energia aos consumidores livres ou a outros comercializadores. 

sábado, fevereiro 15, 2014

Possibilidade de racionamento de energia elétrica

O teatro da vida elétrica
Viver é uma experiência complexa e interessante, quando temos condições de fazer retrospectivas e análises do passado ao presente.
Existir no Setor Elétrico mais ainda.
Somos um país de piadas de mau gosto e explicações oportunistas geradas nos palácios, onde seus ocupantes expõem o Brasil a critérios heterodoxos e perigosos. O comunicado do MME pede tranquilidade, mas incomoda em seus primeiros parágrafos.
O que é potência instalada? Um veículo, um carro de corrida, por exemplo, pode ter uma potência enorme (KW, MW, GW). O aprimoramento de motores amplia essa característica que não escapa, contudo, do volume e qualidade dos combustíveis que pode carregar. A autonomia depende dos tanques de combustível e do rendimento dos motores e subsistemas de tração. A quantidade de combustível é a energia, algo equivalente ao que podemos acumular nos reservatórios das hidrelétricas ou nos pátios e silos das termoelétricas.
Os aerogeradores lembram as caravelas, só navegavam se existisse vento, graças a uma calmaria descobriram o Brasil... Não acumulam energia, transferem-na para reservatórios de hidrelétricas, por exemplo, se os reservatórios existirem e com capacidade ociosa.
Um carro tem muito mais do que motor e tanque de combustíveis. Os pilotos mais azarados da F1 sabem disso. O que acontece numa competição é didático e serve de analogia com um sistema energético extremamente complexo, gigantesco e cheio de informações e softwares gerados por “caixas pretas”, algo imensamente mais complicado, mas tão discutível quanto os modernos sistemas de bilhetagem do transporte coletivo urbano de nossas cidades.
O release do MME desvia a atenção da energia para a potência instalada[1] (MME, 2014), parece desonestidade intelectual.
Foi de doer ver e ouvir o Ministro das Minas e Energia dizendo que se os brasileiros queriam maior segurança deveriam pagar mais, até parece a discussão da tarifa técnica dos ônibus. A conta já é de alguns bilhões de reais a ser cobrada adiante (Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico) e todos esperavam que estivéssemos agora no melhor dos mundos. Nossos planejadores esqueceram a parafernália legal brasileira que simplesmente trava o país e os azares de qualquer obra e indústria. O histórico recente de entrada em operação de grandes usinas não sugere credibilidade em cronogramas otimistas.
Escapamos de um tremendo racionamento de energia graças à estagnação da economia brasileira.
Pior ainda é o desespero da Presidenta no combate à inflação causada, entre outros fatores, pela mística da Copa do Mundo. Empurrar tarifas para o fundo do poço pode afogar investimentos importantes.
Mas a declaração do nosso ministro, Sua. Excia Edson Lobão[2], foi um primor de ...
O ministro disse:
  “Se tivermos que ter uma sobra de energia elétrica para garantir uma segurança ainda maior do que temos hoje – e a que temos é grande e sólida – teremos de pagar por isso” ( FOLHAPRESS, 2014),”
Sim, e já pagamos muito. Se, contudo, formos obrigados a considerar tudo o que acontece fora de nosso controle e carente de auditorias severas e independentes vamos pagar muito mais, erram demais, por quê?
Lamentavelmente estamos num país em que perdemos autonomia para grupos instalados em Brasília e Rio de Janeiro, o cume da montanha das conveniências, vaidades, conflitos e alienações terríveis.
O Setor Elétrico tem, entretanto, o mérito indiscutível de oferecer informações técnicas valiosas em muitos portais [ (ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico), (ANEEL _ Agência Nacional de Energia Elétrica), (CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), (EPE - Empresa de Pesquisa Energética), (MME - Ministério de Minas e Energia)]. O que se imaginaria seria a existência de mais debates e estudos a partir de polos de inteligência e cultura técnica. Temos, inclusive, secretarias de energia em muitos estados, o que fazem?
O que nos preocupa é perceber que carecemos de lideranças capazes de dialogar com sinceridade, objetividade e transparência. Parece que o terrorismo da Presidenta atrapalha demais, mais ainda porque Sua. Excia. acredita que entende de Engenharia, dá palpite desmerecendo até projetos de arenas (estádios de futebol (Do UOL, 2014))...
Cascaes
15.2.2014
(s.d.). Fonte: Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/secoes/home.asp
FOLHAPRESS. (15 de 2 de 2014). “Consumidor terá de pagar por sistema mais seguro”, diz Lobão. Fonte: Gazeta do Povo: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1447469&tit=Consumidor-tera-de-pagar-por-sistema-mais-seguro-diz-Lobao
ANEEL _ Agência Nacional de Energia Elétrica. (s.d.). Fonte: ANEEL: http://www.aneel.gov.br/
Do UOL, e. S. (23 de 01 de 2014). Dilma faz as pazes com Blatter e promete arenas prontas: "Obra é simples". Fonte: UOL: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/01/23/dilma-e-blatter-adotam-discurso-conciliatorio-e-prometem-estadios-prontos.htm
EPE - Empresa de Pesquisa Energética. (s.d.). Fonte: EPE: http://www.epe.gov.br/Paginas/default.aspx
MME - Ministério de Minas e Energia. (s.d.). Fonte: MME: http://www.mme.gov.br/mme
MME, A. d. (13 de 2 de 2014). Equilíbrio estrutural do setor elétrico garante o suprimento, diz CMSE. Fonte: MME: http://www.mme.gov.br/mme/noticias/destaque_foto/destaque_432.html
ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. (s.d.). Fonte: ONS: http://www.ons.org.br/home/






[1] O Brasil, em 31 de dezembro de 2013, apresentava uma capacidade instalada de 126.755 MW, considerando da usina de Itaipu apenas a parcela brasileira. O Brasil também dispõe da parcela paraguaia de Itaipu não utilizada por aquele país, cerca de 5.000 MW. Em termos de fontes, essa capacidade distribui-se em: 86.019 MW de hidrelétricas; 38.529 MW de termelétricas; 2.202 MW de eólicas; 5 MW de solar fotovoltaica. http://www.mme.gov.br/mme/noticias/destaque_foto/destaque_432.html
[2] Advogado com bacharelado em Direito pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB), Edison Lobão preferiu trabalhar como jornalista e assim foi empregado dos jornais Correio Braziliense e Última Hora, e da revista Maquis, além de ter chefiado o departamento jornalístico da Rede Globo no Distrito Federal.
Antes de optar pela política integrou o conselho de administração da antiga Telebrasília, (Telecomunicações de Brasília S/A). É casado com a deputada federal Nice Lobão, com quem tem três filhos. Sua irmã, Nerine Lobão Coelho, é cenógrafa e professora da cadeira de Artes Cênicas do curso de Educação Artística da Universidade Federal do Maranhão. Ela foi também diretora do Teatro Arthur Azevedo e atualmente reside em São Luís.
Assessor do Ministério de Viação e Obras Públicas (1962), do governo do Distrito Federal (1964/1968) e do Ministério do Interior (1969/1974), foi eleito deputado federal pela ARENA e a seguir pelo PDS em 1978 e 1982, ingressando no PFL em atenção à liderança política de José Sarney, que manteve o controle da seção maranhense da legenda embora filiado ao PMDB desde a sua candidatura a vice-presidente de Tancredo Neves. Wikipédia

quarta-feira, agosto 28, 2013

Mais um apagão

Qual era a previsão de crescimento da Economia quando a EPE fez os leilões para novas usinas?
O Setor Elétrico exercita uma prática de, há décadas, planejar a expansão do parque gerador, sistemas de transmissão e distribuição assim como de aprimoramento de técnicas operacionais entre outras coisas usando dados de planejamento do crescimento da Economia, PIB, consumo per capita provável etc., formando um conjunto de parâmetros antigos, passíveis de reavaliação.
Tudo, desde leis relativas a impacto ambiental à limítrofe (Lei 8.666, de 21 de junho de 1993) inibem cronogramas, podendo causar enormes prejuízos ao povo brasileiro.  Junte-se a isso o espírito “provi-sempre” e a demagogia...
O planejamento da expansão do Setor Elétrico, movimentando muito dinheiro (muito menos que a área financeira – Banco central) é especialmente afetável pelos grandes grupos econômicos.
Essa atividade, infelizmente, esteve sempre subordinada a conveniências políticas, de carteis, grupos de lobistas e nas mãos de pessoas ingênuas, talvez acadêmicas demais.
O Brasil não ajudou, muito menos o cenário internacional.
Crises e modismos levaram a descontinuidades fortes assim como ao gerenciamento de fábricas a concessionárias de acordo com lógicas primárias de Economia, Administração e Tecnologia.
Os gerentes de alto nível vieram de grupos seletos e até fechados de especialistas residentes nas capitais e de conveniência de quem mandava.
Medem-se conhecimentos, diplomas, medalhas, mas é muito difícil medir a resistência das pessoas a pressões de lobistas e políticos.
Em tempo, na estratégia do máximo lucro e menor custo a confiabilidade, qualidade de serviços e definição de riscos ficou em segundo plano. Afinal, para governos que permanecem no comando do país por poucos anos, qual o significado de riscos mínimos e proporcionais aos interesses e necessidades do povo brasileiro?
Atualmente sentimos, perplexos, os resultados de estratégias estranhas e decisões simplistas [ (As Incoerências da MP 579), (Atrasos em série dobram o risco de racionamento, 2013), (Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico)].
Por muito pouco, muito pouco mesmo, o Brasil não mergulhou de cabeça num enorme racionamento em 2012. O último que aconteceu em 2001, além de desmontar sonhos políticos, derrubou a atividade econômica de modo sensível (Alexandre Canazio, 2011). Muita gente com artes de aprendiz de feiticeiro e apaixonada pelas lógicas neoliberais criou influências que produziram o modelo atual. Na maioria absoluta, contudo, representando corporações e partidos políticos, poucos com experiência real de acompanhamento de grandes obras, comissionamento, operação e de responsabilidade com grandes empresas concessionárias. Essa deficiência é extremamente perigosa. Aliás, todos deveriam estudar um pouco os discursos de Michel Foucault (Livros e Filmes Especiais) para sentir, aplicando-se reflexões mais críticas, que as nossas ciências estão longe de serem realmente exatas.
O drama continua sendo a limitação de conhecimentos e inteligência de qualquer ser humano. Algo mais e mais importante considerando a existência e construção de grandes instalações, de prédios a Usinas de geração de energia, passando pelas gigantescas plataformas de exploração de petróleo em alto mar...
Devemos, precisamos repensar muitas atitudes com isenção de ânimo e coragem. Isso significa entender que o gigantismo atual é mal avaliado, altamente perigoso. Desde sabotagens a acidentes naturais podem varrer populações que vivem em cima de paióis colossais.
A fragilidade do Setor Elétrico pode ser verificada de diversas maneiras, a dos grandes gerentes é mais difícil. Afinal, terão humildade e disposição para análises sensatas?
O apagão de hoje, 28 de agosto de 2013, afetando o Nordeste é um exemplo pequeno do pode acontecer, vão dizer que a culpa é dos porteiros, bombeiros e mordomos?
Cascaes
28.8.2013

(s.d.). Fonte: Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/secoes/home.asp
Atrasos em série dobram o risco de racionamento. (2013). Fonte: Ilumina: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=20115
Alexandre Canazio, d. A. (10 de 6 de 2011). A partir do plano de contingenciamento de consumo de energia que mudou para sempre o setor elétrico do país, agentes observam os avanços e desafios impostos com medida. Fonte: ANACE: http://www.anacebrasil.org.br/portal/index.php/midia-e-eventos/anace-na-midia/item/569-racionamento-dez-anos
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/
Civil, C. (s.d.). Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. Acesso em 23 de 4 de 2012, disponível em Presidência da República - Casa Civil: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm