Nossas cidades e governantes precisam ter máxima atenção
para os desafios que deveremos enfrentar com a evolução da crise que se abate
sobre o Brasil. Há necessidade de mobilização de todos os órgãos, empresas,
ONGs etc. para que prioridades reais sejam respeitadas, muitas delas até
impostas por leis federais, estaduais e municipais, sem, contudo, organização
(prioridades) de forma consciente e atenta ao que pode e deve ser feito (onde,
quando, quanto, como, quem, orçamentos, planos etc.).
Estamos em ano eleitoral e enfrentando pesadelos que
poderiam ter sido evitados.
Vivendo em Curitiba, cidade modelo (ainda que indevido sob
alguns aspectos) para o Brasil, tendo vivenciado ambientes profissionais em
diversas empresas, públicas e privadas, posso afirmar que existe um espaço
imenso mal explorado pelos governantes ao colocar seus projetos.
As cidades crescendo são lugares de altíssimo rendimento
para qualquer concessionária pois prédios gigantescos (ruas verticais), por
exemplo, concentram atividades que faturam sem grande esforço, aproveitando
ainda faixas de servidão sem muitos cuidados nem compromissos técnicos
adequados.
Nossos governantes podem substituir ou complementar impostos
por exigências de participação das concessionárias em planos de reurbanização
adequados. Nada mais justo, por exemplo, do que refazer calçadas substituindo
linhas aéreas por subterrâneas, ampliar sistemas de coleta de água de chuva,
esgotos, etc., ajustar e aprimorar a coleta de lixo, garantir acessibilidade do
pedestre em qualquer condição (com destaque para a PcD e pessoa idosa, mulheres
gestantes, crianças), corrigir a iluminação pública, sinalização, resolver o
trânsito de bicicletas, recursos de segurança etc.
Simplesmente é algo lamentável sentir a indiferença de
autoridades para questões que há muito tempo deveriam ter sido resolvidas,
acordando apenas em tempos de campanha eleitoral. A Operação Lava Jato mostra
em detalhes os critérios mórbidos de muitas lideranças políticas e empresariais
nacionais.
O Ministério Público, em todos os níveis, pode agir a favor
da população apertando cobranças que a própria legislação possibilita.
Acima de tudo pode exigir planos inteligentes, completos,
exequíveis de correção das cidades dentro de compromissos até internacionais
que nosso povo aceitou.
Nossa proposta, insistindo, é que principalmente as
prefeituras desenvolvam em parceria com as empresas concessionárias planos de
reurbanização e aprimoramento de suas atividades.
Esses planos, programas, projetos podem existir. Nessa
condição onde estão? A publicidade é universalizada? Quais foram os critérios
adotados? Indicadores? Custos? Prioridades?
Os governos passam e os problemas de sobrevivência mudam,
crescem, tornam a vida em grandes metrópoles um pesadelo, principalmente para o
cidadão comum.
É importantíssimo adequar tudo a critérios que o nosso
Governo materializou no PNUD (ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
De nada valem boas intenções, contudo, se não encontrarmos recursos e
competência para a evolução necessária e, pelo menos, suficiente.
É sempre bom lembrar que temos serviços vitais, algo mais do
que o definido como serviços essenciais. Tudo deve ser bem equacionado.
Insistimos na atuação de cobrança de planos e criação de
oportunidades de análise democrática e técnica, cívica e honesta de projetos,
assim como no monitoramento de ações que todos poderão contribuir de forma
plena.
No Lions Clube de Curitiba Batel temos analisado situações
complexas e malcuidadas.
Esse também é assunto de outras entidades que frequentamos, normalmente
perplexas ou já desanimadas, fatalistas e até descrentes do Estado de Direito,
da Democracia e nossos políticos com tudo o que acontece.
Cascaes
2.6.2016
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