Ferrovias e navios aguadeiros
O mundo se ajustou aos petroleiros. Para a viabilização
desses gigantes dos oceanos até guerras aconteceram, principalmente para a
construção e exploração de canais enormes e clássicos. Os veículos com motores
à explosão tinham e têm muita sede.
Transportam quantidades imensas de um líquido quase pastoso
[ (1) , (2) , (3) ].
E agora?
As mudanças climáticas deslocam as chuvas e inúmeras cidades
costeiras e até ao longo de grandes rios podem ficar sem o líquido mais
precioso que conhecemos, a água. Aquedutos, estações de tratamento de água,
sistemas de distribuição de água tratada (normalmente anacrônicos,
subdimensionados, mal feitos, mal mantidos (ficam sob a terra, ninguém vê)) e
esgoto aliados a usos perdulários criam um potencial de carência em lugares
nunca dantes imaginados.
A indústria naval e operadores de portos etc. poderiam ser
ativados para ajustes necessários para a recepção de água, simplesmente.
Polidutos e até ferrovias seriam a salvação de cidades que
cresceram demais em lugares inadequados, como as temos no planalto junto ao
litoral brasileiro e espantosamente em lugares que deveriam ter H2O de boa
qualidade, como é o caso da cidade do Rio de Janeiro, onde, aliás, falta tudo
desde sua origem pela absoluta negligência de seus administradores (apesar de
alguns excelentes que mereceriam um panteão com registros e homenagens
especiais).
Não sabemos exatamente o que acontecerá, a única certeza é a
de que o clima está se transformando e pouco adianta reclamar, a Natureza é
severa, não toma conhecimento dessas pulgas denominadas seres humanos.
É o momento da valorização das boas empresas de Engenharia e
da organização urgente de estruturas industriais e técnicas para o futuro.
Felizmente sabemos fazer, só não atinamos ainda para as soluções reais, exceto
parar de tomar banho.
Nações que vivem em áreas desérticas sabem sobreviver, é
isso o que sonhamos para nossos descendentes?
No Brasil rios gigantescos jogam água no Oceano Atlântico.
Que tal coletar parte dessa água e levá-la para onde for necessário?
Evidentemente devemos radicalizar a proteção dos grandes
rios e seus mananciais. É clássica a poluição de rios por mercúrio (mineração,
indústrias), fertilizantes, agrotóxicos etc., isso sem falar nas cidades que
fecham os olhos para a sujeira que produzem.
No Paraná até o Ministério Público entrou em ação para a
necessidade de tratamento de esgotos (e lixo).
E os navios aguadeiros?
Devem estar nas pranchetas das nações mais inteligentes,
logo vamos enxergá-los com bandeiras e tecnologia estrangeira.
Empresas altamente poluidoras ou com potencial para
desastres para isso deveriam ser obrigadas por lei a se consorciarem para a
criação de tecnologias preventivas, entre elas o transporte e tratamento de
água de rios.
Falando dos navios e ferrovias aguadeiros a preparação das
águas pode começar no porto ou estação de embarque e terminar na cidade
receptora.
O que é importante é esquecer estatísticas ultrapassadas
pelo desmatamento e criação de polos de convergência energética (cidades, por
exemplo) e desenvolvermos soluções. Os navios aguadeiros poderão ter
flexibilidade, viabilizando até a exportação da água, se é que isso já não
acontece nos tanques de petroleiros que trazem poluição para nós.
Cascaes
29.01,2015
1. Barril
(unidade). Wikipédia. [Online]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barril_%28unidade%29
2. Petróleo. Wikipédia. [Online]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3leo.
3. Petroleiro. Wikipédia. [Online]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Navio-petroleiro.
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