Vamos denunciar à ANTT?

De: João Carlos Cascaes [mailto:jccascaes@onda.com.br]
Enviada em: terça-feira, 22 de abril de 2014 17:17
Para: 'ouvidoria@antt.gov.br'
Cc: João Carlos Cascaes (jccascaes@gmail.com)
Assunto: Rodoviária que não termina nunca e ônibus sem acessibilidade

Uma rodoviária impossível

A rodoferroviária de Curitiba é o exemplo perfeito da falta de planejamento adequado e obra interminável, Curitiba não merece isso.

Além de uma arena no centro mais nevrálgico da cidade (inacreditável fazer um centro de distúrbios em local cercado de hospitais, escolas, clínicas, prédios de apartamentos, vias estratégias etc.), reformaram um terminal que deveria ser quando muito um terminal metropolitano. Intrigante é imaginar o que nossos “especialistas” calcularam.

E a rodoviária, será que esqueceram o trânsito normal? Não tinham opção? Não acreditaram nos serviços de táxis? Não perceberam que (infelizmente) a vocação da capital paranaense é crescer muito? Esqueceram que uma reforma é mexer em algo que está funcionando? O sofrimento dos usuários? Os transtornos crescentes à cidade? O atraso de serviços de socorro?

Podemos ser maldosos? A especulação imobiliária e seus agentes não queriam uma rodoviária por perto de seus negócios? Falta de diálogo com as autoridades estaduais e federais? Preguiça mental?

O povo sofre e inacreditavelmente aceita passivamente a esperança de uma rodoviária melhor. Vai durar quanto tempo?

Agora temos o projeto do metrô, antes dele o teleférico, e outros. Se essas obras de transporte coletivo urbano existissem poderiam amenizar o pesadelo, mas não evitariam as filas imensas de ônibus esperando chegar e sair. Por sorte dos decisores o transporte aéreo ficou mais barato e seguro que o de ônibus, até quando? Mais ainda, um prefeito começa a cag... e outro que se vire.

Curitiba perdeu a oportunidade de racionalizar o transporte metropolitano e o interurbano. A Rodoviária “Velha” já é anacrônica. Quando a reformamos durante o Governo Requião na PMC era para ser provisória, está lá até hoje. A “nova” seria uma outra espécie de solução.

A RIC – Rede Integrada de Transporte -  deveria integrar-se ao transporte coletivo urbano de Curitiba nos terminais extremos, no entanto temos os ônibus entrando até o centro da cidade, pode?

Pior, contudo, é conviver com uma obra gigantesca, lenta, mal administrada. Parece que isso é normal. Só podemos estranhar e muito as entidades empresariais e técnicas da cidade aceitarem tudo isso, que lideranças....

A cidade de são Paulo é um exemplo do atraso de perspectivas. Na década de sessenta reformava o terminal na Avenida Duque de Caxias, era imenso, até que concluíram que deveriam fazer o terminal do Tietê. Jogaram muito dinheiro fora.

E aqui? Quanto dinheiro e tempo vão desperdiçar? Com o tempo as opções ficam mais e mais caras. Lembrando que um terminal de ônibus rodoviário pode ser muito mais (entreposto sanitário, hospital de primeiros socorros, grandes estacionamentos etc.) perdemos oportunidades e espaços, para quem?

Com certeza as estradas estão tão ruins que muita gente desistiu de viajar de ônibus. O descuido é tão grande que até a acessibilidade é uma piada de mau gosto, o assunto é aeroporto.

Parece que o usuário do transporte coletivo interestadual é um lixo qualquer. É isso? E o povo das cidades, merece ser maltratado? O que fazem os vereadores, prefeitos, deputados, senadores, ministros e até a Presidência da República? Curvam-se a acordos políticos que entronizam pessoas desqualificadas nas agências reguladoras e ministérios?

Um exemplo inacreditável vimos em viagem recente à Santa Catarina (Inacreditável , 2014), justamente em fotografia tirada na cidade de Joinville, que, há anos exporta ônibus acessível para o mundo (A pessoa com deficiência física, O Brasil exporta chassis e carrocerias modernas com acessibilidade total, em Blumenau, urbanismo com acessibilidade ), ou seja, não temos explicações, exceto a de que nossas autoridades não usam o transporte coletivo, afinal têm jatos especiais à disposição delas... A propósito, um político de “esquerda” ficou furioso conosco quando à alguma décadas sugerimos que usassem o transporte coletivo, quem, eles? Autoridades? (na Câmara de Vereadores de Curitiba, hoje presidente de uma grande estatal)

O tema é antigo, o desprezo à pessoa idosa e à PcD no Brasil [ (Cascaes, transporte rodoviário no estado do Paraná, 2008), (Cascaes, Inacessibilidade ao ônibus rodoviário no Brasil , 2008), (Cascaes, Ônibus para a Costa Rica feito na Busscar , 2008), (Cascaes, Ônibus Cruéis , 2008)].

Só em Joinville?

Em Curitiba uma indústria monta e exporta chassis com piso rebaixado, o que é excelente para os idosos e idosas no transporte coletivo urbano e é usado na maioria das cidades europeias mais desenvolvidas (Cascaes, ônibus com piso rebaixado VOLVO, 2008). Em tempo, os idosos e as idosas têm isenção tarifária, será por isso que são desprezados?

Cascaes

22.4.2014

Cascaes, J. C. (8 de 2008). Inacessibilidade ao ônibus rodoviário no Brasil . Quixotando. http://www.joaocarloscascaes.com/2008/08/inacessibilidade-ao-nibus-rodovirio-no.html.

Cascaes, J. C. (9 de 12 de 2008). ônibus com piso rebaixado VOLVO. quixotando. http://www.joaocarloscascaes.com/2008/12/nibus-com-piso-rebaixado-volvo.html.

Cascaes, J. C. (2008 de 2008). Ônibus Cruéis . Quixotando. http://www.joaocarloscascaes.com/2008/08/nibus-cruis.html.

Cascaes, J. C. (8 de 2008). Ônibus para a Costa Rica feito na Busscar . Quixotando. http://www.joaocarloscascaes.com/2008/08/nibus-para-costa-rica-feito-na-busscar.html.

Cascaes, J. C. (3 de 2008). transporte rodoviário no estado do Paraná. Quixotando. http://www.joaocarloscascaes.com/2008/06/transporte-rodovirio-no-pr.html.

Cascaes, J. C. (4 de 2014). Inacreditável . A pessoa com deficiência física. http://conhecendoaadfp.blogspot.com.br/2014/04/inacreditavel.html.

(O Brasil exporta chassis e carrocerias modernas com acessibilidade total, em Blumenau, urbanismo com acessibilidade ). A pessoa com deficiência física. http://conhecendoaadfp.blogspot.com.br/2013/03/o-brasil-exporta-chassis-e-carrocerias.html.