Critérios ideológicos aplicados universalmente estão
mostrando seus resultados. Temos guerras que não terminam porque os mercadores
de armas as mantêm alimentadas e a escravidão reaparece com a provocação criada
pela super-competição entre países com culturas e convicções diferentes, mas
subordinados ao consumismo e modismos ditados pelos seus cidadãos mais
alienados.
A humanidade volta-se para religiões novas na esperança de
obter perdão para seus excessos, isso é mais fácil do que simplesmente corrigir
seus comportamentos.
A crise econômica, resultado natural desse clima libertino [ (Assalto ao
Poder - O Crime Organizado, 2012) , (Trabalho
Interno) ]
atual está deixando muitos países sérios preocupados. Afinal, quando terminará?
Os famosos comentaristas econômicos erraram em quase tudo, com pouquíssimas
exceções. O ideal seria tirar do ar esses programas e colocar médiuns e pessoas
com dons de visualizar o futuro... com certeza o resultado será melhor.
A visão monetarista e capitalista radical afetou nos
constituintes em 1988 e assim esqueceram atividades essenciais que mereceriam
verbetes mais elaborados. As aplicações rigorosas de seus termos e a
regulamentação mal feita resultaram em pesadelos que se mantêm graças a
propagandas caríssimas nos meios de comunicação comerciais.
O Setor Elétrico no Brasil era um espaço de ouro para
investidores, e agora? É um bom exemplo disso tudo, transforma-se em estrutura
a serviço de quem pagar mais pelas concessões ou o quê? O tema está em
discussão no Congresso Nacional, torcemos para que a máxima inteligência e
competência sejam usadas para correções mais do que necessárias.
Com uma Medida Provisória mal feita (As
Incoerências da MP 579) com certeza ela cria uma insegurança
enorme no “mercado”. E as outras concessões e direitos de exploração? Os
royalties, como serão? É bom por a “barba de molho”...
Não é momento para errar. Mais ainda, não se deve provocar a
fúria dos tempos. A marola é forte e venta muito. Quem entende sabe que o tempo
pode piorar.
Nosso Governo Federal deu um tiro na mosca baixando os
juros, mas insiste em decisões que fizeram do Brasil um pesadelo, como, por
exemplo, atrasar obras de infraestrutura e estimular a compra de automóveis.
Que sindicato forte.
Pelo menos, nem que seja para agradar a mídia e seus
patrocinadores, as obras para a Copa do Mundo continuam, que beleza, vamos
poder receber os estrangeiros com uma qualidade muitíssimo superior àquela dada
ao nosso povo.
E a corrupção?
Nossa Presidenta deve estar preocupada. Isso era visível em
sua expressão na posse do Dr. Joaquim Barbosa na Presidência do STF. Talvez já
soubesse que gente em quem confiava estava enlameando seu governo, pelo menos é
o que os primeiros inquéritos dizem. Ela tem muito para se desgastar, que
herança recebeu.
Pior ainda, as recomendações dessa gente colocam em dúvida
toda a estrutura técnica do Governo Federal. Quem indicou os outros componentes
das agências, ministérios e secretarias poderosas?
Felizmente a greve da Polícia Federal terminou.
O cuidado é não acrescentar a tudo isso decisões técnicas
erradas. Alguns serviços vão muito além de simples continhas. A Lei 8666/93
sinalizou mal e foi pessimamente regulamentada num mundo que se transforma
rapidamente. Toda cautela é pouca com as grandes instalações. Na discussão e
aprovação desta lei os bons engenheiros certamente não foram ouvidos, muito
menos especialistas em editais e malandragens que costumam conter. Diploma e
acervo técnico não é tudo e a segurança do que é feito depende demais da
experiência de profissionais calejados, aliás, dispensados nos PDVs
inacreditáveis.
Não podemos nem devemos querer o sucesso rápido, poderemos
ficar no escuro e com poucas divisas se insistirmos em viabilizar um Brasil
primário em detrimento de setores essenciais e que poderiam ser fonte de
altíssima tecnologia nacional (se forem empresas que tenham o cuidado de
registrar o que inventarem no Brasil em nome, pelo menos como parceiros, de
algum fundo nacional de pesquisa e desenvolvimento, que não existe). O
patrimônio representado pela “propriedade Intelectual” pode valer muito,
compensando desmatamentos e uso predatório de nosso território. Na história das
grandes nações esse capítulo foi seguido à risca. Abertura? Só depois de terem
garantias de manutenção do essencial.
Sim, tudo pode ser substituído por uma força armada
semelhante à das grandes potências, podemos? Aí até a qualificação de risco
teme a decisão do Presidente da República... Nossos papeis? Os especuladores
decidem.
Para um desenvolvimento sadio e contínuo o Brasil deve,
simplesmente, viabilizar suas obras estruturais, essenciais a seu
desenvolvimento. Lamentavelmente só agora o modelo criado com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética - EPE) começa a ser
replicado em outros setores [exemplo: (Empresa de Planejamento e Logística (EPL) vai
estruturar projetos de transporte) ]. Com certeza também
existe a necessidade de um imenso aprimoramento educacional, não será pequeno.
A educação técnica, por exemplo, é um peixe fora da água no
MEC.
Infelizmente prioridades erradas são autênticos desastres.
Tudo precisa seguir um plano estratégico bem feito, cauteloso, mas nem tanto.
Perdemos tempo demais nesses séculos de subdesenvolvimento, pior ainda,
formamos uma cultura passiva e derrotista. A corrupção é um câncer em fase de
metástases.
Agora temos o resultado do inferno: dinheiro desperdiçado
com a corrupção e lógicas de agiotagem desperdiçaram uma década boa.
O Setor Elétrico está sendo a primeira vítima dessa
desorientação, e depois?
Cascaes
26.12. 2012
Amorim, C. (2012). Assalto ao Poder - O Crime
Organizado. Rio de Janeiro -São Paulo: Record.
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA:
http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
Empresa de Pesquisa Energética - EPE. (s.d.). Fonte: EPE:
http://www.epe.gov.br/Paginas/default.aspx
Ferguson, C. (s.d.). Trabalho Interno. Fonte:
Livros e Filmes Especiais:
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2012/01/trabalho-interno.html
Streit, R. (s.d.). Empresa de Planejamento e
Logística (EPL) vai estruturar projetos de transporte. Fonte: Ag~encia CNT
de Notícias: http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=8469
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