Tratar de concessões de serviços essenciais. Por favor, responda às enquetes, é importante.
quinta-feira, novembro 29, 2012
Calçadas, redes aéreas, orelhões etc. são serviços essenciais que devem ter qualidade e segurança a favor do pedestre
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novembro 29, 2012
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Formação de boas equipes de profissionais
A ignorância técnica é um risco monumental que países
subordinados a continhas primárias de custos sofrem. Na Engenharia isso é um
desastre, até porque ela não aparece com pompa e circunstância como em outras
profissões.
Um exemplo dessa ignorância espantosa são os famosos PDVs. Ignorância
ou esperteza, pois com eles gente que “vestia a camisa” sai da empresa,
principalmente quando for estatal, deixando-a nas mãos de personagens conhecidas
no mundo dos negócios.
Para o povo em geral o que de pior pode acontecer é a
exposição a riscos de acidentes e serviços ruins. Temos já uma coleção de tragédias
com empresas feitas para essencialmente terem lucros fascinantes, a qualquer
preço.
Os Conselhos de Defesa da Profissão dão a ilusão de que
diplomas e carimbos são suficientes. Se algo der errado, seus chefes terão a
oportunidade de dar entrevistas e aparecer com destaque na mídia. A culpa é do
profissional...
Está na hora de compreendermos que a competência
profissional é o resultado de muitos anos de treinamento e trabalho duro,
objetivo, sério e eficaz. Os profissionais saem das universidades com formação
primária, insuficiente, exceto em atividades burocráticas. As coisas não se
resumem a continhas de preço e taxas de retorno. Aliás, essa é uma boa maneira
de se avaliar bons gerentes, quando os questionamentos se centralizam no
economês primário, dá vontade de chorar.
O Setor Elétrico entrará em um novo padrão de risco. As concessões
serão relicitadas. Sem maiores estudos e discussões, hidroelétricas gigantescas
passarão a fazer parte do portfólio de companhias maiores, talvez estrangeiras,
a serem usadas para “aumentar a competitividade delas”. Quanta ingenuidade!
Dizem que a ANEEL fará a vigilância, com quem? De que
maneira?
Naturalmente muito do que se fez durante anos para formar
boas equipes será perdido, se as equipes técnicas já não foram dispersas. Aliás,
foram. Visitando grandes estatais ficamos sabendo que equipes completas desapareceram
após a decisão de alguns DAS. Ou seja, estatais ou privatizadas a maioria delas
não têm mais o que se fez com tanto esforço, seus bons profissionais.
Alguém poderá dizer que tudo pode ser terceirizado, com os
critérios de menor custo?
Precisaríamos de alguma entidade livre da influência deletéria
dos DAS e acionistas avarentos para uma avaliação de risco real. Vimos no Japão
o que significou a prorrogação da concessão das usinas nucleares sem maior
atenção para suas fragilidades. O mundo convive com instalações que podem ter
aparentemente pequenas probabilidades de acidentes catastróficos, mas que
analisadas sob o prisma rigoroso de causas e efeitos de administrações ruins
deixariam a Humanidade apavorada.
Talvez estejamos entorpecidos pela Guerra Fria, quando poucas
pessoas, por mais idiotas que fossem, poderiam dar a ordem do Armagedon. Quem sabe
tenhamos a passividade argentina de aceitar apagões diários ou sejamos capazes
de saber que nossos rios se enchem de produtos venenosos, pois não devemos
diminuir a competividade de certas atividades exportadoras...
Louvamos os esforços de nossa Presidenta Dilma Rousseff,
lamentamos, contudo, tantos anos de alienação e ignorância que deixaram o
Brasil desse jeito.
E agora Manuel?
Cascaes
29.11.2012
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novembro 29, 2012
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terça-feira, novembro 27, 2012
Continuaremos reféns de Brasília?
Continuaremos reféns de Brasília?
Nossos governos usam e abusam do direito de licitar
concessões.
Tivemos casos absurdos e a omissão daqueles que podiam
reagir foi impressionante.
Algo usado e abusado pelos governos nos três níveis de
competência e atribuições é a licitação em caráter onerosa de concessões e
permissões. A desculpa é que, como diz a MP (As
Incoerências da MP 579) :
Art. 2o
As concessões de geração de energia hidrelétrica destinadas à autoprodução,
cuja potência da usina seja igual ou inferior a cinquenta MW, poderão ser
prorrogadas, a critério do poder concedente, uma única vez, pelo prazo de até
trinta anos.
§ 4o A
prorrogação de que trata este artigo será feita a título oneroso, sendo o
pagamento pelo uso do bem público revertido em favor da modicidade tarifária,
conforme regulamento do poder concedente.
Seria
interessante termos uma auditagem rigorosa dessa condição de licitação em todas
aquelas já realizadas em outras agências e poderes licitantes. Aconteceu o que
estabelecem nesses termos? De que jeito? Onde?
Qualquer licitação de serviços essenciais deve estabelecer
rigorosamente as condições técnicas a serem definidas, algo que é função do
serviço, local, meio ambiente, ajustes técnicos, tarifas, reformas etc. Isso
tem custos e é importantíssimo. O ideal é outorgar serviços a quem melhor e
mais serviços proporcionar com as menores taxas e tarifas possíveis.
Sentimos que somos “garfeados” em aeroportos, rodoviárias,
estradas, transportes coletivos, saneamento básico, telecomunicações, etc..
Na MP 579 temos que a ANEEL definirá os detalhes técnicos como
entender que forem justos. A essa altura, alguém acredita em “agências
reguladoras”? Vimos nos inquéritos divulgados como certos grupos afetam até nomeações
para a direção dessas repartições públicas instaladas no Planalto Central, algo
distante e ao alcance de gente que pode gastar muito, afinal as diárias de
hotel, restaurantes, táxis, tarifas de avião etc. não cabem no orçamento do
brasileiro comum.
Reclamar via Rede Social ou números de telefone e endereços
de e-mail para ter respostas nem sempre racionais?
É bom reproduzir a teoria expressa na MP 579 (Setor
Elétrico):
Art. 1o A partir da publicação desta
Medida Provisória, as concessões de geração de energia hidrelétrica alcançadas
pelo art. 19 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, poderão ser prorrogadas, a critério
do poder concedente, uma única vez, pelo prazo de até trinta anos, de forma a
assegurar a continuidade, a eficiência da prestação do serviço e a modicidade
tarifária.
§ 1o A
prorrogação de que trata este artigo dependerá da aceitação expressa das
seguintes condições pelas concessionárias:
I - remuneração por tarifa calculada pela Agência Nacional de
Energia Elétrica - ANEEL para cada usina hidrelétrica;
II - alocação de cotas de garantia física de energia e de potência
da usina hidrelétrica às concessionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional
- SIN, a ser definida pela ANEEL, conforme regulamento do poder concedente; e
III - submissão aos padrões de qualidade do serviço fixados pela
ANEEL.
A ANEEL poderá realizar tudo isso com padrões corretos e a
serviço do povo brasileiro?
O Brasil é grande demais e muitas das funções atribuídas à
União não deveriam estar lá. Inacreditavelmente até a distribuição de energia
depende de ministérios e agências federais, pode? Deve? Para quê?
Se temos dificuldade em nossas cidades, imaginem o que pode
estar acontecendo tão longe nesse Brasil entorpecido pelo futebol e questões
importadas?
Com certeza a centralização de poderes facilita os grandes
esquemas de cooptação e corrupção. Escritórios montados em Brasília e portas
abertas para quem é poderoso significam bons preços para grupos famosos e
intocáveis.
O escândalo provocado pela operação Porto Seguro [ (Exoneração de
filha de Rosemary é publicada no 'Diário Oficial') , (Operação Porto Seguro: AGU anuncia "pente fino" nas agências
do Governo, 2012) ]
demonstra que pessoas instaladas em São Paulo decidiam acintosamente quem
deveria ocupar cargos estratégicos em Brasília, sem maiores resistências do
Congresso Nacional.
Viajando pelo mundo afora podemos sentir diferenças brutais
de qualidade entre o Brasil e países nem sempre tão ricos. Talvez isso seja o
resultado do dinheiro monumental gasto pelo Governo e cidadãos brasileiros na
agiotagem que se instalou aqui. Teve banco estrangeiro que se sustentou com
divisas (reais transformados em outras moedas) durante anos, criando
programinhas sociais para iludir os nativos desta terra. Isso e muito mais
explicam a péssima qualidade de nossos serviços. Felizmente nossa Presidenta
acordou para esse “pequeno detalhe”.
Queremos ver como, se já não está acontecendo, a Presidência
da República promoverá a faxina que nosso povo deseja e implora para voltar a
acreditar na democracia e aumentar o prestígio de sua administração.
Seus cuidados, contudo, precisam ser técnicos, também. Criar
licitações onerosas de concessões e permissões é gerar novos impostos e
estimular a degradação dos serviços essenciais. Afinal a pressão é
contraditória, baixar tarifas e outros custos e aumentar a qualidade e
segurança dos serviços.
Mais ainda, como será usada a energia? Será transformada em
lingotes de alumínio e aço?
Continuaremos reféns de Brasília?
Cascaes
27.11.2012
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA:
http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
Carneiro, L. O. (26 de 11 de 2012). Operação Porto
Seguro: AGU anuncia "pente fino" nas agências do Governo. Fonte:
Jornal do Brasil: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/11/26/operacao-porto-seguro-agu-anuncia-pente-fino-nas-agencias-do-governo/
Exoneração de filha de Rosemary é publicada no 'Diário
Oficial'. (s.d.). Fonte: G!:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/11/exoneracao-de-filha-de-rosemary-e-publicada-no-diario-oficial.html
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novembro 27, 2012
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Anarquia técnica e más influências
Critérios ideológicos aplicados universalmente estão
mostrando seus resultados. Temos guerras que não terminam porque os mercadores
de armas as mantêm alimentadas e a escravidão reaparece com a provocação criada
pela super-competição entre países com culturas e convicções diferentes, mas
subordinados ao consumismo e modismos ditados pelos seus cidadãos mais
alienados.
A humanidade volta-se para religiões novas na esperança de
obter perdão para seus excessos, isso é mais fácil do que simplesmente corrigir
seus comportamentos.
A crise econômica, resultado natural desse clima libertino [ (Assalto ao
Poder - O Crime Organizado, 2012) , (Trabalho
Interno) ]
atual está deixando muitos países sérios preocupados. Afinal, quando terminará?
Os famosos comentaristas econômicos erraram em quase tudo, com pouquíssimas
exceções. O ideal seria tirar do ar esses programas e colocar médiuns e pessoas
com dons de visualizar o futuro... com certeza o resultado será melhor.
A visão monetarista e capitalista radical afetou nos
constituintes em 1988 e assim esqueceram atividades essenciais que mereceriam
verbetes mais elaborados. As aplicações rigorosas de seus termos e a
regulamentação mal feita resultaram em pesadelos que se mantêm graças a
propagandas caríssimas nos meios de comunicação comerciais.
O Setor Elétrico no Brasil era um espaço de ouro para
investidores, e agora? É um bom exemplo disso tudo, transforma-se em estrutura
a serviço de quem pagar mais pelas concessões ou o quê? O tema está em
discussão no Congresso Nacional, torcemos para que a máxima inteligência e
competência sejam usadas para correções mais do que necessárias.
Com uma Medida Provisória mal feita (As
Incoerências da MP 579) com certeza ela cria uma insegurança
enorme no “mercado”. E as outras concessões e direitos de exploração? Os
royalties, como serão? É bom por a “barba de molho”...
Não é momento para errar. Mais ainda, não se deve provocar a
fúria dos tempos. A marola é forte e venta muito. Quem entende sabe que o tempo
pode piorar.
Nosso Governo Federal deu um tiro na mosca baixando os
juros, mas insiste em decisões que fizeram do Brasil um pesadelo, como, por
exemplo, atrasar obras de infraestrutura e estimular a compra de automóveis.
Que sindicato forte.
Pelo menos, nem que seja para agradar a mídia e seus
patrocinadores, as obras para a Copa do Mundo continuam, que beleza, vamos
poder receber os estrangeiros com uma qualidade muitíssimo superior àquela dada
ao nosso povo.
E a corrupção?
Nossa Presidenta deve estar preocupada. Isso era visível em
sua expressão na posse do Dr. Joaquim Barbosa na Presidência do STF. Talvez já
soubesse que gente em quem confiava estava enlameando seu governo, pelo menos é
o que os primeiros inquéritos dizem. Ela tem muito para se desgastar, que
herança recebeu.
Pior ainda, as recomendações dessa gente colocam em dúvida
toda a estrutura técnica do Governo Federal. Quem indicou os outros componentes
das agências, ministérios e secretarias poderosas?
Felizmente a greve da Polícia Federal terminou.
O cuidado é não acrescentar a tudo isso decisões técnicas
erradas. Alguns serviços vão muito além de simples continhas. A Lei 8666/93
sinalizou mal e foi pessimamente regulamentada num mundo que se transforma
rapidamente. Toda cautela é pouca com as grandes instalações. Na discussão e
aprovação desta lei os bons engenheiros certamente não foram ouvidos, muito
menos especialistas em editais e malandragens que costumam conter. Diploma e
acervo técnico não é tudo e a segurança do que é feito depende demais da
experiência de profissionais calejados, aliás, dispensados nos PDVs
inacreditáveis.
Não podemos nem devemos querer o sucesso rápido, poderemos
ficar no escuro e com poucas divisas se insistirmos em viabilizar um Brasil
primário em detrimento de setores essenciais e que poderiam ser fonte de
altíssima tecnologia nacional (se forem empresas que tenham o cuidado de
registrar o que inventarem no Brasil em nome, pelo menos como parceiros, de
algum fundo nacional de pesquisa e desenvolvimento, que não existe). O
patrimônio representado pela “propriedade Intelectual” pode valer muito,
compensando desmatamentos e uso predatório de nosso território. Na história das
grandes nações esse capítulo foi seguido à risca. Abertura? Só depois de terem
garantias de manutenção do essencial.
Sim, tudo pode ser substituído por uma força armada
semelhante à das grandes potências, podemos? Aí até a qualificação de risco
teme a decisão do Presidente da República... Nossos papeis? Os especuladores
decidem.
Para um desenvolvimento sadio e contínuo o Brasil deve,
simplesmente, viabilizar suas obras estruturais, essenciais a seu
desenvolvimento. Lamentavelmente só agora o modelo criado com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética - EPE) começa a ser
replicado em outros setores [exemplo: (Empresa de Planejamento e Logística (EPL) vai
estruturar projetos de transporte) ]. Com certeza também
existe a necessidade de um imenso aprimoramento educacional, não será pequeno.
A educação técnica, por exemplo, é um peixe fora da água no
MEC.
Infelizmente prioridades erradas são autênticos desastres.
Tudo precisa seguir um plano estratégico bem feito, cauteloso, mas nem tanto.
Perdemos tempo demais nesses séculos de subdesenvolvimento, pior ainda,
formamos uma cultura passiva e derrotista. A corrupção é um câncer em fase de
metástases.
Agora temos o resultado do inferno: dinheiro desperdiçado
com a corrupção e lógicas de agiotagem desperdiçaram uma década boa.
O Setor Elétrico está sendo a primeira vítima dessa
desorientação, e depois?
Cascaes
26.12. 2012
Amorim, C. (2012). Assalto ao Poder - O Crime
Organizado. Rio de Janeiro -São Paulo: Record.
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA:
http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
Empresa de Pesquisa Energética - EPE. (s.d.). Fonte: EPE:
http://www.epe.gov.br/Paginas/default.aspx
Ferguson, C. (s.d.). Trabalho Interno. Fonte:
Livros e Filmes Especiais:
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2012/01/trabalho-interno.html
Streit, R. (s.d.). Empresa de Planejamento e
Logística (EPL) vai estruturar projetos de transporte. Fonte: Ag~encia CNT
de Notícias: http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=8469
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novembro 27, 2012
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segunda-feira, novembro 26, 2012
Por quê os grandes acidentes acontecem?
Obras monumentais dão votos, prestígio e valem fortunas, de
diversas maneiras. Podem funcionar de acordo com os projetos ou não. Tudo depende
da “gata borralheira” das empresas, aquela área que normalmente é preterida,
humilhada e desgastada pelas equipes mais próximas dos grandes chefes.
O que é manutenção todos sabem, ainda que a fobia
consumista, devidamente estimulada pela propaganda de coisas novas, leve
multidões a colocar no lixo produtos que ainda poderiam durar muito.
Podemos classificar a manutenção como sendo preventiva,
preditiva, de rotina e corretiva etc.
Conforme o critério gerencial da empresa, entretanto, ela
poderá inexistir, ser passiva, excelente e outros adjetivos.
Com as concessionárias de serviços públicos que
estranhamente existem sob situações diferentes de vigilância, mundos opostos
entre as estatais e as privadas, a manutenção será, com certeza oportunista,
antes de tudo.
Toda concessionária é sujeita a contratos por tempo definido
(exceto o serviço de táxi de Curitiba). O que pode acontecer? A degradação das
instalações quando os tempos finais se aproximarem. Essa deterioração poderá
ser inclusive proposital, de modo a desmoralizar a empresa e jogá-la nos belos
braços do mercado. Já vimos esse filme antes e assusta-nos pensar que poderá se
repetir, mais ainda quando o setor elétrico, por exemplo, entra em baixa graças
a uma MP (As Incoerências da MP 579) extremamente
discutível e prejudicial aos seus acionistas. Sendo empresas estaduais, como é
o caso da CEMIG, COPEL, além da federal ELETROBRAS, assustam investidores. Depois o
Banco Central constata candidamente que os investimentos estrangeiros diminuem e
parte para o que mais gosta, se não houver decisão política contrária, aumentar
os juros. Que beleza para os emprestadores.
Estranhamente o Congresso Nacional silenciou durante décadas
sobre o assunto. Nossos sindicatos e associações ficaram acreditando em
histórias da carochinha e agora descobrem que mais uma vez o Setor Elétrico
entra no jogo contábil da solucionática monetária e na econometria dos donos da
moeda.
Na década de setenta do século passado o governo federal
usou as estatais como instrumento de obtenção de créditos, renegando a indústria
nacional para segundo plano. Agora a coisa parece continuar assim,
estimulando-se a exportação de cereais, carne, minérios e outras coisas de
pouco valor agregado, tornando qualquer insumo um peso considerável na rentabilidade
do produto e mantendo em vigor a Lei Kandir.
Pior ainda, o efeito Argentina dá indícios de contagiar o
Brasil. Na Venezuela até explosão de uma grande refinaria mostrou que algo está
errado. Os hermanos estão se acostumando ao uso de lampiões e nós tornamos
empresas com capacidade de captação de recursos em mercadoria de baixo valor.
Onde as concessionárias economizarão?
Com certeza a primeira vítima será a manutenção. No Setor
Elétrico isso é assustador, até PCHs podem fazer muito estrago, quanto mais
hidroelétricas com mais de cem metros de altura...
Se com dinheiro já enfrentavam dificuldades diante de
lógicas mesquinhas de gerência de recursos humanos, como ficaremos nesse
imbróglio?
Podemos agora apostar que a qualidade dependerá da
manutenção política, do prestígio dos DAS, se estatais, ou da super-competência
de profissionais nas empresas privadas, se existirem.
Com certeza acrescentaremos verbetes na literatura técnica
para qualificar a manutenção, operação e até os projetos das empresas de
energia, por enquanto.
Pior, contudo, será o agravamento de riscos de grandes acidentes em instalações estratégicas.
Normalmente os compradores dessas obras antigas querem mais é tirar o máximo delas.
Afinal vimos como nossas agências reguladoras estão fragilizadas, confiar em quem?
Quem fiscaliza o quê?
Que confiabilidade teremos?
Cascaes
26.11.2012
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA:
http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
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novembro 26, 2012
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Uma história e a Energia Elétrica
Lei é lei, mas existe a história
Sou filho e neto de eletricistas que exerceram com sucesso a
profissão que escolheram, um radicado em Florianópolis (João Cascaes – falecido
aos 64 anos em 1954) e meu pai (infelizmente morreu com 51 anos) em Blumenau.
Assim nasci e cresci conversando sobre energia elétrica, eletricistas,
formalismos (nenhum dos dois era diplomado por alguma escola de Engenharia, mas
extremamente inteligentes e competentes) e passando minha infância e juventude
numa cidade industrial que usava lâmpadas de 220 Volts e 127 Volts, pois no
Bairros industriais, que trabalhavam em três turnos, tinham que trocar as
lâmpadas quando a sobrecarga exigia. O sistema elétrico era um arquipélago de
centenas ou milhares de concessionárias. No Vale do Itajaí tivemos períodos
longos de racionamento feroz. As fábricas colocavam baterias de geradores
diesel para poderem funcionar e a gente ficava à luz de velas.
Na convivência familiar tive a oportunidade de conversar
muito com meu pai. Ele amava falar de política internacional e tinha livros
interessantíssimos, que aos poucos fui lendo. Mapas da Segunda Guerra Mundial
faziam parte deste acervo e as histórias pessoais dele e de minha mãe (que fora
professora em Imbituva e a família viveu os dramas da guerra, perdendo alunos e
amigos na Marinha Mercante e na Itália).
O clima ideológico da Guerra Fria estimulou a análise ideológica
e assim parti para São Paulo onde fiz cursinho para Engenharia, algo que não
era exatamente minha opção profissional à época, adorava a aviação. Em 1964
entrei para o Instituto de Eletricidade de Itajubá (IEI) e na política
estudantil a partir de primeiro de Abril de 1964. No ardor da juventude queria
participar de novos ideais e da criação de um Brasil organizado, sério e
objetivo. Minhas convicções estavam, contudo, abaladas pela invasão da Hungria
e da Tchecoslováquia, a democracia parecia impossível lá e cá e pela corrida
armamentista, loucura nuclear.
Com toda a formação familiar e colegial assim como a
juventude em Blumenau acabei gostando de Engenharia no terceiro ano do curso,
quando finalmente entendi o que era essa profissão graças a excelentes e
inesquecíveis professores, além de estar numa escola que sabia fazer e usar bem
seus laboratórios.
Em 1968, antes de se formar, tivemos a visita da Copel convidando-nos
para trabalhar aqui e de outros grupos empresariais. Apaixonado por usinas queria
ir para Boa Esperança, algo que meu amigo Lúcio Petit me aconselhou a não
fazer, dizia que aquilo parecia um campo de concentração. Aliando isso à
vontade de minha esposa e à importância de estar próximo de meus familiares
optei pela Copel, fascinado pelo projeto Rio Negro, que se levado adiante daria
ao Paraná uma hidroelétrica de 4 mil MW e a oportunidade de diminuir suas
enchentes a partir dos pontos de captação de água e barragens que seriam
feitas, usina perfeita para o que hoje diríamos ser uso múltiplo das águas.
Infelizmente faltava tudo, inclusive carga para essa usina. O
sistema de transmissão não existia e levar tanta energia para os grandes
centros de carga parecia desperdício de dinheiro.
Fizeram a Usina Capivari Cachoeira (Usina Parigot
de Souza)
com uma subsidiária Eletrocap (Do Capivari ao Cachoeira, 2012) e que poderia ter
sido a solução para a redução de cheias no Vale do Ribeira, sempre objeto de
todo tipo de estudos, menos do que deveria ser apontado. O ideal é atender
modismos importados (Filho & Kalinowski) e esquecer os
benefícios de projetos bem feitos dentro dos critérios da época, ou melhor, o
uso múltiplo das águas que a regulamentação do Setor Elétrico esqueceu nessas
últimas décadas, apesar da falação interminável de ONGs e acadêmicos.
Comecei a trabalhar na Copel em 11 de dezembro de 1968. Admissão
simplificada e serviço imediato, parti poucos dias depois para a cidade de
Apucarana, onde recebi missões para testar a determinação e formação do novato,
além de lhe mostrar a realidade copeliana. A empresa era pequena e tinha sob
sua responsabilidade inúmeras cidades paranaenses. Curitiba era de uma
concessionária sob controle da União (Companhia Força e Luz do Paraná).
Felizmente o Paraná teve uma sequência de grandes
governadores, assim a Copel, prestigiada, crescia e gerava festas em cidades
que recebiam a energia elétrica com comícios e foguetórios.
Trabalhei três anos em subestações e usinas diesel e
pequenas usinas hidroelétricas, extremamente importantes, pois eram 7 sistemas
isolados ou ligados à São Paulo por linhas de 88 mil kV.
Nesse período aprendi na prática a vida do eletricista que
trabalha em usinas e subestações, muitas delas rodeadas de vilas completas,
pois não podíamos colocar ainda em prática a automação e telecomando era
impossível. A moderna TI era um sonho de visionários.
Em 1972 fiz mestrado em Florianópolis tendo como parceiro
meu amigo Francisco Roberto Piccione, que me fez uma tremenda falta morrendo
muito cedo. Foi um curso de qualidade excepcional, criado pela Eletrobrás (na
época tinha acento agudo). Entre outras coisas usei muito um “grande computador”,
com 8 ou 16 kBytes de memória RAM, perfuradoras de cartão e o maravilhoso
Fortran.
Voltei para a área de estudos do sistema de potência da
Copel, subordinado ao Piccione. Nesse período fantástico até 1980 vi e estudei
minuciosamente o Sistema Interligado Sul e sua conexão com São Paulo. A ignorância
era tão grane em relação ao comportamento dinâmico que nos reuníamos (Sul e Sudeste)
para ler e estudar o que significava estabilidade (Sistemas
de Potência)
e como agir diante da fragilidade do sistema sul. Felizmente um sistema de
conservação de carga implantado a partir de decisões do CCOI Sul livrou Paraná,
Santa Catarina e Rio grande do Sul de centenas de grandes apagões dando tempo
para a formação do sistema atual.
Era época de intensa evolução de máquinas e técnicas de
análise, os computadores e mesa surgiam para desespero dos grandes centros de
processamento de dados, sempre ciosos de seus poderes.
Minha paixão por usinas levou-me de volta à Divisão de
Ensaios e a conviver com usinas e subestações. Via grandes usinas sendo
inauguradas e em construção e assim sinto-me à vontade para questionar o
açodamento federal em regulamentar a Medida Provisória 579 (As
Incoerências da MP 579) . Mais uma vez sentimos a pressão de
grandes grupos empresariais oportunistas e o medo dessa gente de falar do
principal, a carga fiscal sobre a eletricidade.
Sim, a energia é cara para o consumidor comum, pois sobrou
para os estados e municípios apenas a metade da Receita fiscal arrecadada e
muito mal usada do Brasil. A União quer resolver seus problemas matando os
estados e municípios e deixando todos de pires na mão, de quatro diante dos
ministros federais.
O tema é longo e não dá para esgotar assim, vamos escrever
mais.
Podemos, contudo, dizer que existe muito a ser dito de forma
inequívoca e veemente quando a União cria incentivos para montadoras de
automóveis, mineradoras, intermediários da FIFA e lança projetos futuristas,
desprezando alguns que deveria começar imediatamente, como, por exemplo, a
terceira pista do Aeroporto Affonso Pena (Terceira pista do Afonso Pena ainda é um sonho,
2010) .
O importante é manter o sul do Brasil subordinado ao
sudeste... até quando?
Temos leis mal feitas que só pioram com o tempo,que absurdo.
Cascaes
26.11.2012
Do Capivari ao Cachoeira. (1 de 7 de 2012). Fonte: A Era da Eletricidade:
http://blogmro.blogspot.com.br/2012/07/do-capivari-ao-cachoeira.html
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA:
http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
Cristo, L. (7 de 1 de 2010). Terceira pista do
Afonso Pena ainda é um sonho. Fonte: Paraná On Line:
http://www.parana-online.com.br/editoria/economia/news/420056/?noticia=TERCEIRA+PISTA+DO+AFONSO+PENA+AINDA+E+UM+SONHO
Filho, A. O., & Kalinowski, L. M. (s.d.). Transposição
e hidrelétricas: o desconhecido Vale do Ribeira (PR-SP). Fonte: Scielo
Brasil: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142012000100019&script=sci_arttext
Sistemas de Potência. (s.d.). Fonte: SENAI SC Tubarão:
http://pt.scribd.com/doc/49578615/8/ESTABILIDADE-EM-SISTEMAS-DE-POTENCIA
Usina Parigot de Souza. (s.d.). Fonte: Copel:
http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel2.nsf%2F044b34faa7cc1143032570bd0059aa29%2F08013ddc621f4eed03257412005ed73b
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novembro 26, 2012
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Renovação das concessões no setor elétrico – argentinação?
O inferno está cheio de gente de boas intenções, é um dito
popular de extrema sabedoria.
A Argentina paga agora os erros do passado, quando o Governo
decretou o congelamento de tarifas, inviabilizando projetos, inclusive
destruindo projetos de aproveitamento do gás argentino e dando-nos um imenso
prejuízo, havíamos feito grandes investimentos para trazer energia de lá a
partir de termoelétricas.
Com certeza, se a oposição política argentina tivesse uma
liderança forte essa incompetência seria cobrada com mais eficácia. Eles adoram
o tango, a música é linda, já a dança materializa preconceitos que ilustram bem
nossos Hermanos...
No Brasil, a crise internacional fez o Governo Federal escolher
o Setor Elétrico como instrumento de redução de custos. Inesperadamente lançou
mais uma das famigeradas Medidas Provisórias (579) e usando direitos
equivocados criados pela Constituição Federal poderá matar um serviço que funcionava
razoavelmente, sobrecarregado absurdamente de impostos que não eram seletivos
de forma razoável e vigiados por uma agência reguladora cheia de DAS e ainda
criando seus quadros próprios. O contingenciamento de verbas desde a criação
das agências matou essas entidades assim como a interferência política em
questões técnicas (vide a ANA).
Com certeza setores industriais bem instalados nessa
simbiose maldita (cartéis, monopólios camuflados, estruturação em Brasília
etc.) aplaudem essa medida, pois reduz seus custos, mas ela poderia ser
diferente, valorizando atividades que nos interessam para um progresso
sustentável e promovendo a racionalização do uso da energia elétrica, inclusive
forçando a exportação de produtos com maior valor agregado.
Nossa infraestrutura rodoviária não suporta mais tanto
caminhão carregando “commodities” (como dizem os economistas afetados) de
pouquíssimo valor para sustentar animais, gente e indústrias distantes, quando
poderíamos vender com menos volume e mais preço artigos muito mais valiosos e
essenciais aos gringos.
A Medida Provisória dedicada à renovação das concessões do
Setor Elétrico pretende aumentar a competitividade da indústria brasileira,
ótimo! Seria bom se viesse acompanhada de outras sobre o direito de exploração
de minérios, por exemplo, e revisse atribuições dos estados brasileiros. A União,
na confusão dos constituintes de 1988, têm poderes excessivos, decidindo até a
tomada que usamos e a distribuição de insumos que deveriam ficar para
deliberações e poderes regionais.
O Brasil é grande demais para os jogos políticos de
Brasília.
Isso não quer dizer que nos estados os poderosos têm poder
excessivo, ao contrário, mas é justo que possamos viver mais próximos daqueles
que decidem sobre a nossa vida. Reclamar em Brasília é muito caro e impossível
para a imensa maioria dos brasileiros.
A discussão em torno da MP 579 (As Incoerências da MP 579) vai muito além do
que diz o artigo citado.
A renovação de concessões é uma tremenda oportunidade de
corrigir os termos de concessão exigindo ajustes em usinas e linhas de
transmissão e distribuição que a evolução técnica e a ambiental agora apontam
como necessária, assim como o uso múltiplo das águas e maior segurança dessas
instalações. O Governo Federal está preparado para isso? Tem consciência do que
está fazendo?
Infelizmente dormimos em berço esplêndido nesses anos todos
e só as empresas eletrointensivas e mercadores de energia souberam trabalhar. É
natural, podem pagar bons lobistas, consultorias e fazer eventos pomposos. O Congresso
Nacional é o que todos sabem o que é, algo a serviço do poder de plantão,
procurando os ambicionados cargos da hiperpoderosa República do Brasil.
Agora é hora de nossos representantes corrigirem
comportamentos e aprofundarem a análise dessa MP discutindo-a com todos, e não
apenas com os interessados e gastar menos com energia. A eletricidade, por
exemplo, é vetor de impostos, principalmente do ICMS.
Acontece que os estados e municípios precisam de muito
dinheiro para a Educação, Saneamento Básico, reurbanização Inclusiva, Saúde
etc.. A mudança promovida pela MP 579 é repentina e deve ser discutida com
governadores e prefeitos além de, via mídia e internet, criar um ambiente de
análise profunda. A transparência é fundamental e o tempo importante. Não podemos
esquecer que as férias vêm aí, quando até nossos heróis se dão ao direito de
esquecer o Brasil e seu povo mais humilde, principalmente.
Propostas?
Vão desde a revisão dos prazos até a legislação fiscal,
passando pela operação segura de barragens imensas, redução do risco de
enchentes, poluição e recuperação de reservatórios assoreados. A sensação que dá é que os autores da MP 579
nunca trabalharam em manutenção de usinas e agem como se fossem advogados de
causas milionárias e contadores fazendo continhas.
Tivemos progressos imensos no Governo Dilma, mas certos
modelos latino-americanos parecem encantar o Planalto.
Infelizmente costumamos pensar no curto prazo, não temos
planejamento e amamos pão e circo. Nesse contexto, reforçado pelas praias,
preocupa-nos imensamente o açodamento existente. Se existe algo que evoluiu foi
o Setor Elétrico, apesar da visão estreita de alguns. Seria lamentável se tudo
o que aconteceu virasse um caldeirão de interesses escusos ou irresponsáveis.
Naturalmente muitos já aprenderam a ganhar dinheiro com a
nossa alienação, e agora o palco está armado para eles.
Outros só esperavam a oportunidade para se lançar neste
botim.
E agora José?
Teremos energia com qualidade, discernimento e segurança ou
vamos depender de ações truculentas como estamos vendo na Argentina onde o excesso
de esperteza da era Domingo Cavalo colocou os argentinos de quatro e no escuro?
Ou a ideia é a privatização das concessionárias na “bacia
das almas”?
Cascaes
26.11.2012
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novembro 26, 2012
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quarta-feira, novembro 21, 2012
Vamos usar direito o 156?
Sistema de informações diretas
Uma das melhores experiências que tivemos na Presidência da
COPEL foi a instalação de uma rede de informações que usando um software da
época (1993) permitia a qualquer gerente da COPEL acompanhar dados operacionais
do sistema, além de servir de instrumento de comunicação tipo internet. O sistema evoluiu ao ponto de quando um
consumidor de energia elétrica reclamava tínhamos como, em poucos segundos,
saber em detalhes o que havia acontecido em sua conexão à rede.
Isso veio das dificuldades de acompanhamento do nível dos
rios durante períodos críticos e chegou ao mais simples dos problemas da
empresa, gradativamente a COPEL formou um sistema (usando sua própria equipe de
TI) que lhe deu um tremendo desempenho operacional.
Nessas últimas décadas vimos grandes autoridades usarem a
desculpa de que não sabiam de nada, quando todos que entendiam do assunto viam
o circo pegar fogo.
Os problemas são muitos e a necessidade do Poder Executivo
se apoiar em partidos, que simplesmente usufruem do horário eleitoral cedido em
campanha, é um desastre para o nosso povo.
Um governo sério e responsável quer e precisa conhecer as
dificuldades do povo que dirige, algo muito difícil diante da filtragem dos
bajuladores e dependentes de DAS.
As técnicas de comunicação e administração de dados já
permitem sistemas excelentes de coleta e organização das informações,
convertendo tudo em gráficos, sistemas georreferenciados, expectativas e até
indicação de causas.
Nos EUA o Presidente Barack Obama mostrou como usar tudo
isso a favor de suas campanhas. Aqui, além desse subproduto, o executivo poderá
avaliar sua gestão diariamente.
Temos inúmeros indicadores de reclamações que terminam nas
mãos de pessoas sem empolgação com a administração a que estão subordinadas,
simplesmente porque o titular esquece que poderia usar melhor os sistemas
existentes.
Precisamos de profissionais mais arrojados, inovadores e
capazes de falar diretamente com os poderosos, sem intermediários.
Aliás, chefe é igual à impedância (resistência completa em
energia elétrica). Se não existe teremos curtos circuitos, se for excessiva,
impedirá que se transmita o máximo de energia. Aliás, excesso de chefes é um conceito que precisa acabar. Qualquer
subordinado de qualquer entidade deve poder contatar (assumindo
responsabilidades técnicas) seus superiores. O gerente imediato deve ser apenas
um orientador, organizador, planejador e apoiador dos seus subordinados.
Cobranças, sim, em cima de dados e fatos.
Infelizmente temos mitos em excesso na área de RH que
atrapalham mais do que ajudam.
Os funcionários excepcionalmente bons não são os mais
disciplinados, bem comportados. Precisamos de gente que tenha coragem de dizer
de forma polida o que pensa. Principalmente o próprio povo, consumidor e
contribuinte.
Marcando o um x na coluna certa ou teclando um número
indicativo podermos ajudar muito o governo, em qualquer nível, a ser eficaz.
O sistema 156 poderia ser isso tudo. Ampliado e enriquecido
com novas técnicas de consulta será um tremendo apoio aos governantes. O
fundamental é que o sistema funcione sem qualquer interferência, carimbos,
papéis sujeitos à manipulação, seja de quem for.
A precariedade das fiscalizações formais é uma endemia
assustadora no Brasil, país educado para ser servil. Maravilhosamente uma nova
geração de brasileiros está a caminho, com todo o potencial das redes sociais e
sistemas de processamento de dados.
O governo pode, em qualquer nível, evitar surpresas
desagradáveis com um bom sistema de reclamações, algo parecido ao 156 que temos
em Curitiba, mas sem qualquer preocupação em criar respostas, apenas
registrando e organizando as reclamações.
Resposta? Um bom governo!
Cascaes
21.11.2012
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novembro 21, 2012
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Buracos, abusos e mau gerenciamento
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novembro 21, 2012
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segunda-feira, novembro 19, 2012
Quem irá corrigir isso aí?
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novembro 19, 2012
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domingo, novembro 04, 2012
Critérios para renovação de concessões
Renovação de concessões, evolução ou regressão técnica
Estamos em período de renovação de concessões federais. Será
que o caminho escolhido é o melhor?
Vemos nesse episódio um dos piores defeitos da Constituição
de 1988, o excesso de poder em Brasília, onde grandes grupos econômicos e o
sentimento ditatorial que dominava grande parte dos deputados e senadores criou
um documento centralizador e de fácil manipulação pelos donos das chaves dos
cofres da União, assim como a possibilidade de manipular leis e decretos ao
gosto dos patrocinadores de campanha.
A seguir, o espírito neoliberal entrou em cena após a
derrocada da União Soviética, o festival foi total na regulamentação das leis
existentes. Tudo era motivo de Bolsa de Valores (especulação) e negócios nem
sempre visíveis.
A sensação que temos é essa observando a evolução das leis
que regem a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sem falar
de outras onde o que se diz é muito pior.
Agora, por exemplo, quando a renovação das concessões
poderia ser aproveitada para ajustes importantes a favor de nosso povo os
vencedores são empresas que exportam energia na forma de lingotes, produtos
semi-acabados e outros, podendo ganhar mais se reduzirem as tarifas.
O ideal seria fazer ferrovias, bons portos, estradas, silos,
apoio tecnológico, escolas técnicas etc., mas para que esperar se podem ganhar
dinheiro já, inda que expondo a nação a grandes acidentes?
ANEEL? Uma repartição pública em Brasília formada por
pessoas com diplomas, sem experiência real, vai fazer o quê? Aplicar multas?
Participar de auditorias técnicas ao gosto da mídia e seus chefes?
No Setor Elétrico poderíamos aproveitar a maior rentabilidade
para aprimoramento de serviços, correção de erros de projetos, novas funções e
racionalização da utilização da energia elétrica e da água, quando
hidrelétricas. Parece-nos que tudo se encaminha no sentido contrário.
Principalmente as grandes estatais, aquelas mais
competentes, deveriam poder capitalizar seus estados e aparecerem como
parceiras em projetos estruturais, que por sua vez , assim agindo, estariam
reduzindo o “custo Brasil”. Talvez a Presidência da República não confie nos
governadores ou tema o sucesso de suas administrações...
As tarifas realmente poderiam ser menores a critério do
Governo, independentemente de quem fosse o responsável pela empresa de energia
elétrica. A quantidade de impostos sempre permitiu que se elevasse ou baixasse
o preço da energia, tanto elétrica quanto as demais. Talvez para esconder isso
batem em questões contábeis e conceitos comerciais esquecendo a tremenda
responsabilidade que é a gerência de grandes usinas de energia elétrica,
subestações e linhas de transmissão.
Participamos desde o início da formação das equipes de
geração da COPEL assim como acompanhamos grandes empresas (CEMIG, ELETROSUL<
CESP< ELETROBRAS etc.) e sentimos na pele o que significava entender e domar
desde pequenas até grandes centrais hidroelétricas (por exemplo), além de
saber, depois de prontas, o que poderia ter sido diferente. Afinal como diretor
e presidente da empresa COPEL vivi discussões importantes e até confidenciais
sobre o que existia.
Usinas pagas e alta rentabilidade das concessionárias? Ótimo!
No Paraná a holding COPEL poderia participar de inúmeros
projetos de interesse do estado, é travada, contudo, por uma legislação feita
ao gosto e prazer de estados importadores de energia e os eternos especuladores.
O Poder Concedente (infelizmente é a União) poderia ter
negociado correções técnicas e serviços adicionais, mas, atendendo o lobby das
eletrointensivas direciona-se simploriamente para uma situação complexa e
extremamente perigosa.
Talvez nosso povo não saiba o que possa acontecer, com
certeza nunca viu uma grande barragem romper-se. O racionamento de eletricidade
é outra possibilidade possível no caos provável e não haverá cara feia ou multa
capaz de evitá-lo se o Setor Elétrico continuar perdendo seus grandes especialistas
em PDVs irresponsáveis e descapitalizando-se para o que precisa fazer. Depois
das catástrofes o que resta é aplicar multas, as perdas são, via de regra,
muito maiores.
O Setor Elétrico aprendeu muito com o último grande
racionamento, parece, contudo, que o Governo Federal esqueceu as lições.
Infelizmente diante de tantas notícias ruins e outras
apaixonantes o povo despreza questões técnicas. Prefere ver sangue a suor.
Temos exemplos óbvios de exigências que poderiam ser feitas,
tais como cobrar das concessionárias, de imediato, um acordo para
racionalização de redes de distribuição mal feitas, aéreas e degradadas como
acontecem em Curitiba. Aqui, desde os passeios até os fios sobre nossas
cabeças, sem esquecer as tubulações existentes de água, esgoto e drenagem de
águas pluviais, tudo poderia ser refeito em consórcio e as concessionárias
assumirem calçadas que os proprietários de imóveis ingenuamente cuidam e
mantêm, possibilitando uma reurbanização inclusiva e atualização de instalações
essenciais à segurança de todos nós.
O que vemos, contudo, são leilões para concessão, criando-se
um autêntico imposto camuflado sobre a exploração de serviços essenciais.
Estatais ou privadas?
Nada indica que uma seja melhor do que a outra do ponto de
vista gerencial, mas as grandes empresas estatais podem ser fortes
alavancadoras de investimentos, desde que seus controladores tenham competência
e honestidade para agir de acordo com os interesses de seus eleitores.
O desespero é descobrir as palavras para denunciar o que
está acontecendo. Sabemos que pagaremos caro por essa irresponsabilidade. Não
queremos ser amanhã a Argentina de hoje e precisamos deixar de tratar com tanto
carinho exportadores de produtos baratos graças à energia que pagamos caro,
dando a eles privilégios excepcionais.
Afinal, se existe mercado livre de energia, não deveria
sê-lo para todos os brasileiros? Assim teríamos uma referência real dos custos,
riscos e vantagens de algo que querem a todo custo transformar em mercado de
“commodities” em benefício de empresas privilegiadas e gastadoras de energia, a
favor de empresários que abandonarão a racionalização desse produto.
Pelo que vimos e ouvimos até agora caminhamos para a
desorganização de um sistema de geração e transmissão que já foi modelar,
apesar dos imensos desafios enfrentados à época. Os apagões estão mostrando os
efeitos de novos conceitos gerenciais sobre as empresas, critérios bonitinhos,
mas ordinários.
O que nisso tudo incomoda é o silêncio da mídia, será que
foi induzida a silenciar sobre um tema tão estratégico quanto este?
Existem momentos extremamente importantes que passam sem
discussão adequada, esse é um deles sobre medidas provisórias, leis, decretos,
normas e os desafios das renovações de concessões extremamente importantes.
Cascaes
3.11.2012
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novembro 04, 2012
Um comentário:
Racionalização das concessionárias de energia elétrica ou relicitação de concessões
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novembro 04, 2012
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sexta-feira, novembro 02, 2012
Redes subterrâneas
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novembro 02, 2012
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Poste, para que te quero
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novembro 02, 2012
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quinta-feira, novembro 01, 2012
em Vernon - França
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novembro 01, 2012
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Uma entrevista inteligente, oportuna e didática - energias renováveis - eletricidade
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novembro 01, 2012
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