Luis
Por diversas fontes sabia que o cálculo de tarifas tinha falhas
e o excesso de encargos e impostos fazia da energia elétrica algo caro.
O que incomoda é pensar:
Existirá energia sobrando com as novas usinas?
É bom estimular o uso de energia elétrica sem critérios de
resultados econômicos e sociais?
O Brasil deve investir para exportar lingotes de ferro, alumínio
etc.?
A indústria do papel precisa disso?
Racionalizar o uso da energia (qualquer tipo) deveria ser a
tônica do século 21, caminhamos em sentido contrário.
Na distribuição de energia, por exemplo, seria a hora de se
promover a reurbanização de nossas cidades enterrando as linhas de
distribuição, telefonia etc.
Enquanto o Governo fala em reduzir o custo Brasil permite que as
emissoras de TV deduzam do Importo de Renda o tempo do TRE, impões a utilização
de ponto eletrônico (os trabalhadores serão chipados?) e colocam regras para os
caminhoneiros impossíveis (custo da fiscalização?) etc.
O Governo Dilma só quebrando as pernas da agiotagem nacional fez algo
extraordinário, mas de vez em quando ataca errado.
Para quê incentivos à indústria automobilística, para deixar os
prefeitos malucos?
Ainda há muita incoerência...
Em tempo, os eletrointensivos mandam mais do que o Carlinhos
Cachoeira.
Cascaes
De:
Ricardo Antonio Balestra Balestra <balestraricardo@yahoo.com.br>
Para: Luis Eduardo Knesebeck <luis_eduardo_knesebeck@yahoo.com.br>
Cc: João Carlos Cascaes <jccascaes@onda.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 17 de Setembro de 2012 17:15
Assunto: Re: Energy report PSR
Prezados:
A propósito da discussão iniciada pelo meu amigo Luis
Eduardo Knesebeck, da COPEL, e replicada na manifestação posterior do
sempre participativo Dr. João Carlos Cascaes, nosso ex-presidente - e
sempre defensor - dessa que hoje é uma das mais admiradas empresas
estatais brasileiras, quero me manifestar sobre o movimento que a
imprensa está fazendo contra a redução das tarifas energéticas no
Brasil.
Antes de tudo, insta ver-se que as grandes
concessionárias particulares premiadas na privataria do FHC, cuja
privatização deu-se a preço de banana, não vêm aumentando seus potenciais,
nem realizando novos empreendimentos, e também não têm nenhum compromisso
social. Mais: elas não têm nenhuma preocupação com o presente nem com o
futuro do País. Mais: não têm realizado obras de vulto, só fazem manutenção
corretiva e não agregam quase nada ao patrimônio que receberam; quase de
graça, relembro.
Assim, diante das últimas medidas da Presidente Dilma,
imprescindíveis à retomada do crescimento e com vistas também ao enfrentamento
da inflação - num mundo que vem dando sérias demonstrações de
desaquecimento econômico -, as concessionárias (tanto as de geração quanto
as de transmissão e as de distribuição), com irrestrito apoio das
estatais estaduais que sobreviveram à desestadização do PSDB, criaram
um lobby na imprensa para tentar tirar vantagens da decisão presidencial.
Desnecessário dizer que a grande maioria
da imprensa brasileira - com raríssimas exceções - sempre está
disposta a ganhar mais algum vendendo a Pátria e a entregando
com uma maçã na boca. O Sardenberg, da CBN (e portanto, da Globo), é o
melhor exemplo que me vem à cabeça...
Essa discussão está se avolumando e, com a sua ampliação
na nossa famigerada imprensa marrom, isso está indo ao encontro dos interesses
das concessionárias, que querem tirar uma casquinha (ou alguns
bilhões de reais) para se acalmar.
De início, como sabemos que o progresso depende
umbilicalmente da energia, acho que agora não é hora de discutirmos o
impacto de mais energia no nosso meio ambiente, mas sim de criarmos mais
condições de melhor vida para as pessoas e de ampliar a
disponibilidade energética para os agentes do desenvolvimento. Sobretudo
porque a nossa matriz energética - a hidroenergia - ainda é a mais barata e
a menos poluente dentre as que são utilizadas no mundo todo. A França, o
Japão, Itália, os EUA e outros que se obrigaram a escolher a energia
atômica que o digam...
Consequentemente, considerando que o Brasil só tem a
ganhar com as medidas governamentais que reduzem o preço do kWh em todos os
setores da vida nacional, entendo que os formadores de opinião devem mais
é refutar - com fatos e dados - o lobby formado pelas concessionárias
para se contraporem à decisão da Presidente Dilma.
Afinal, a China hoje só é grande exportadora
de bens industrializados porque ali a energia é vendida a preços de custo;
o que também faz a Rússia, especialmente na Sibéria, para manter a
indústria daquela região.
Abraços.
Ricardo Balestra
Ricardo Balestra
Rua da Paz, 393, apt. 42, Centro
Tels.: 55 - 41 - 9681-6899 e 3024-8552)
80060-160 - Curitiba, PR, BR
--- Em seg, 17/9/12, Luis Eduardo Knesebeck <luis_eduardo_knesebeck@yahoo.com.br>
escreveu:
De: Luis Eduardo Knesebeck <luis_eduardo_knesebeck@yahoo.com.br>
Assunto: Energy report PSR
Para: "Ricardo Antonio Balestra Balestra" <balestraricardo@yahoo.com.br>,
"Joao Cascaes" <jccascaes@onda.com.br>,
"Leonildo Casas" <leonildo.casas@gmail.com>, "leoholz@yahoo.com"
<leoholz@yahoo.com>
Data: Segunda-feira, 17 de Setembro de 2012, 11:23
Publicação da empresa
que fez o cálculo comparativo com o da EPE sobre a redução esperada nas
tarifas de energia elétrica nesta recente restruturação do setor elétrico.
Para especialistas.
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Luis Eduardo Knesebeck
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