IPK, tarifas de ônibus e calçadas
O valor das tarifas definido pela Prefeitura de Curitiba através da URBS, que parece existir para deixar de lado a responsabilidade do prefeito, é calculado sobre os custos das concessionárias e a receita que obtêm na prestação dos serviços delegados.
Sem subsídios as tarifas seriam maiores.
Em Curitiba as canaletas representam uma enorme contribuição para a redução de custos, pois suas existências e trabalhos de manutenção saem de recursos pagos pelos contribuintes e maiores tempos de deslocamento individual motorizado. Genialmente são vias dedicadas que também servem ambulâncias, carros de bombeiros e de polícia. Assim podemos afirmar que graças a elas muita gente foi salva, além de transportada com maior conforto dentro dos famosos ônibus que eram só vermelhos.
Nossas vias dedicadas ao transporte coletivo urbano merecem ampliação, o que está acontecendo (Linha Verde, por exemplo) e boa manutenção (deixando a desejar). Mais ainda, podem ser aprimoradas com trincheiras, viadutos, guard-rails (feitos com boa técnica (Rocha)), controle automatizado de semáforos etc..
Os acidentes podem diminuir também se corrigirmos erros antigos, como ser obrigado a estacionar os carros no centro, junto ao lado externo das canaletas. Esse é um equívoco mortal para idosos, pessoas com deficiência, doentes, crianças e até quem não tem restrições. Esse espaço pode ser usado para ciclovias...
Os ônibus em Curitiba evoluem sem parar, só carecem, acima de tudo, de mais sistemas de segurança que evitem acidentes (dentro e fora dos carros). São aprimoramentos possíveis e esperam inovações, criatividade e vontade. Na capital do Paraná ainda não temos veículos com piso rebaixado, só para ilustrar o que afirmamos.
A velocidade e a forma de dirigir os veículos assustam quem não é atleta.
O tema, contudo, é tarifa. Por quê são tão altas (como o piso dos ônibus)?
Só usa o transporte coletivo urbano de Curitiba quem tem motivação forte (ambiental, social, econômica, impedimentos diversos e vale transporte, idoso, etc.). Os automóveis diminuem de custo (com evolução tecnológica também) e a gasolina é mantida a preços políticos, penalizando a própria Petrobras. Tudo é feito para sermos motoristas, inclusive as tremendas propagandas das montadoras.
Resultado, nosso Índice de Passageiros (pagantes) por Quilômetro (Km), o IPK, diminuiu ao longo dos anos (Azevedo, 2011).
Os ônibus de Curitiba continuam melhorando, contudo, depois de um período de regressão técnica. As tarifas, se comparadas com outras capitais e levando em consideração a qualidade do serviço, são razoáveis.
Por quê além do que já falamos a utilização do sistema diminui?
Precisamos lembrar, falar, berrar e mostrar que o pedestre precisa de segurança. Sem boas calçadas, sistemas de apoio e policiamento ostensivo usar o transporte coletivo urbano, por melhor que seja, é uma aventura que se impõe quando o cidadão/a não tem opção.
Tendo sido estagiário do governo francês em 1988 vimos exaustivamente a preocupação das autoridades em fazer mídia e criar condições de atratividade para seus ônibus, bondes e metrôs além de subsídios para quem não utilizasse automóveis para deslocamentos urbanos (subsídios proporcionais à intensidade de utilização).
Turistar na Europa é algo agradável, quando o clima ajuda, em grande parte porque lá podemos caminhar, andar sem ter que ficar olhando para o chão (para não se quebrar todo), atravessar ruas sabendo que os motoristas respeitarão os sinais (exceto em alguns países menos desenvolvidos) e usar veículos de transporte coletivo acessíveis quando cansamos de passear a pé. Veremos a ação do policiamento em casos que exijam a presença deles, publicações e sistemas informativos bem feitos etc.
Aqui temos tudo para ser e fazer melhor, basta, por exemplo, que as concessionárias formem com as prefeituras um consórcio para a reurbanização inclusiva [ (Cascaes, Direitos das Pessoas com Deficiência), (Cascaes, Cidade do Pedestre)], algo que já falamos nesse espaço inúmeras vezes além de colocar o desafio de pensar num Brasil melhor (com ou sem Copa do Mundo e Olimpíadas).
Entre aquelas concessionárias que terão benefícios se fizerem com a Copel o que ela propõe em seu portal [ (Cascaes) (Apresentação - A COPEL E A EVOLUÇÃO DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO)] estão as empresas de transporte coletivo. Com certeza daremos um tremendo estímulo à utilização dos ônibus em Curitiba, aumentando seu IPK e possibilitando a redução de tarifas e/ou do subsídio que a PMC declara fazer.
Cascaes
5.3.2012
Apresentação - A COPEL E A EVOLUÇÃO DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO. (s.d.). Acesso em 22 de 2 de 2012, disponível em COPEL: http://www.copel.com/hpcopel/redesub/apresentacao.html
Azevedo, G. (24 de 6 de 2011). Curitiba perde mais passageiros por quilômetro. Fonte: MPL Curitiba: http://fureotubo.blogspot.com/2011/06/grande-curitiba-perde-mais-passageiros.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Cidade do Pedestre: http://cidadedopedestre.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Direitos das Pessoas com Deficiência: http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Redes Subterrâneas. Fonte: Picasa : https://picasaweb.google.com/116809099523818911020/REDESSUBTERRANEASCOPELFotosDoSiteEm10DeDezembroDe2011
Rocha, A. A. (s.d.). GUARD-RAILS, SEGURANÇA PARA CARROS, MORTE PARA MOTOCICLISTAS. Fonte: http://www.motoseguranca.com.br/downloads/guard_rails.pdf
Tratar de concessões de serviços essenciais. Por favor, responda às enquetes, é importante.
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Os pedestres em Curitiba estão sujeitos a acidentes permanentes. Até quando? O que nossos candidatos podem afirmar?
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https://portal1.snirh.gov.br/arquivos/Atlas_Abastecimento/3112-RM%20Curitiba,%20Sistema%20Miringuava_PR.pdf
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