quinta-feira, junho 02, 2016

Prioridades, planos, ações realmente significativas para nossas cidades


Nossas cidades e governantes precisam ter máxima atenção para os desafios que deveremos enfrentar com a evolução da crise que se abate sobre o Brasil. Há necessidade de mobilização de todos os órgãos, empresas, ONGs etc. para que prioridades reais sejam respeitadas, muitas delas até impostas por leis federais, estaduais e municipais, sem, contudo, organização (prioridades) de forma consciente e atenta ao que pode e deve ser feito (onde, quando, quanto, como, quem, orçamentos, planos etc.).
Estamos em ano eleitoral e enfrentando pesadelos que poderiam ter sido evitados.
Vivendo em Curitiba, cidade modelo (ainda que indevido sob alguns aspectos) para o Brasil, tendo vivenciado ambientes profissionais em diversas empresas, públicas e privadas, posso afirmar que existe um espaço imenso mal explorado pelos governantes ao colocar seus projetos.
As cidades crescendo são lugares de altíssimo rendimento para qualquer concessionária pois prédios gigantescos (ruas verticais), por exemplo, concentram atividades que faturam sem grande esforço, aproveitando ainda faixas de servidão sem muitos cuidados nem compromissos técnicos adequados.
Nossos governantes podem substituir ou complementar impostos por exigências de participação das concessionárias em planos de reurbanização adequados. Nada mais justo, por exemplo, do que refazer calçadas substituindo linhas aéreas por subterrâneas, ampliar sistemas de coleta de água de chuva, esgotos, etc., ajustar e aprimorar a coleta de lixo, garantir acessibilidade do pedestre em qualquer condição (com destaque para a PcD e pessoa idosa, mulheres gestantes, crianças), corrigir a iluminação pública, sinalização, resolver o trânsito de bicicletas, recursos de segurança etc.
Simplesmente é algo lamentável sentir a indiferença de autoridades para questões que há muito tempo deveriam ter sido resolvidas, acordando apenas em tempos de campanha eleitoral. A Operação Lava Jato mostra em detalhes os critérios mórbidos de muitas lideranças políticas e empresariais nacionais.
O Ministério Público, em todos os níveis, pode agir a favor da população apertando cobranças que a própria legislação possibilita.
Acima de tudo pode exigir planos inteligentes, completos, exequíveis de correção das cidades dentro de compromissos até internacionais que nosso povo aceitou.
Nossa proposta, insistindo, é que principalmente as prefeituras desenvolvam em parceria com as empresas concessionárias planos de reurbanização e aprimoramento de suas atividades.
Esses planos, programas, projetos podem existir. Nessa condição onde estão? A publicidade é universalizada? Quais foram os critérios adotados? Indicadores? Custos? Prioridades?
Os governos passam e os problemas de sobrevivência mudam, crescem, tornam a vida em grandes metrópoles um pesadelo, principalmente para o cidadão comum.
É importantíssimo adequar tudo a critérios que o nosso Governo materializou no PNUD (ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). De nada valem boas intenções, contudo, se não encontrarmos recursos e competência para a evolução necessária e, pelo menos, suficiente.
É sempre bom lembrar que temos serviços vitais, algo mais do que o definido como serviços essenciais. Tudo deve ser bem equacionado.
Insistimos na atuação de cobrança de planos e criação de oportunidades de análise democrática e técnica, cívica e honesta de projetos, assim como no monitoramento de ações que todos poderão contribuir de forma plena.
No Lions Clube de Curitiba Batel temos analisado situações complexas e malcuidadas.
Esse também é assunto de outras entidades que frequentamos, normalmente perplexas ou já desanimadas, fatalistas e até descrentes do Estado de Direito, da Democracia e nossos políticos com tudo o que acontece.
Cascaes

2.6.2016

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