terça-feira, janeiro 22, 2013

Barbaridades em nome do quê? Diminuir tarifas?


Gabarito de veículos – barreiras aéreas
Em Curitiba existe uma ponte de ferro que já causou muitas interrupções no trânsito da cidade. Até copeliano bateu com seu caminhão nessa estrutura trazendo equipamentos. É algo que limita a utilização da rua e pode complicar em algum momento delicado.
Ônibus modernos, caminhões de serviço e até carros de som com plataformas altas podem ser objeto de acidentes trafegando pela cidades brasileiras. Ao contrário da maioria das vilas e cidades de países mais desenvolvidos, aqui as redes de distribuição de energia e telecomunicações são aéreas, criando limitações de qualidade, risco de acidentes graves e poluindo as cidades.
Infelizmente não percebemos atuação enérgica de nossas autoridades para que isso seja corrigido. A moda é falar em tarifa baixa, ainda que isso signifique uma fragilidade enorme nos serviços das concessionárias, possibilidade de acidentes enormes e a degradação ambiental. No caso das redes aéreas temos ainda a obstrução aleatória de calçadas, transformadas em faixas de servidão, ironicamente sob responsabilidade dos proprietários de imóveis.
Estamos no império de concessionárias que, inexplicavelmente, permanecem intactas apesar da qualidade deplorável de seus serviços. Alguma “força oculta” move o Brasil num processo de deboche contra o cidadão comum.
Os cuidados estão sempre do lado oposto ao do povo brasileiro.
Pessoas mais antigas, da época em que se amarrava o cavalo em travessas na frente de casa, continuam mandando e criando escola. O que vale é o desenho na calçada e usar carroças, carros de mola ou simplesmente caminhar pela rua quando o passeio for impraticável de outra forma.
Mundo das contradições e explicações maldosas, Curitiba adotou os shoppings centers. Talvez por isso não interesse valorizar o comércio em ambientes abertos. Em compensação temos parques onde, estranhamente, não encontramos o tão amado petit pavê...
Mas, como dizíamos, temos um novo padrão de gabarito imprevisível na capital do Paraná. Os horrendos cabos de telecomunicações (normas técnicas? Compartilhamento dos cabos, normas de instalação desses cabos?) definem a altura do veículo que pode passar por baixo. O resultado, dada a precariedade do serviço de instalação feito, é a ruptura dos cabos e o risco de acidentes maiores.
Difícil, contudo, é entender a omissão de prefeitos e vereadores. Ainda que o Poder Concedente seja a malfadada União, devemos e podemos estabelecer condições de utilização do espaço urbano. Quando questionamos essa questão ouvimos explicações simplórias e todos parecem esquecer os privilégios dos usuários de veículos automotores, para quem até se cogitou desmanchar a ponte de ferro. Dois pesos e duas medidas ou muita incompetência, é demais!
O pior é que essa praga acontece em outras cidades. Em Blumenau, na semana passada, encontramos a Rua 7 de Setembro parcialmente interrompida porque um caminhão rompeu um cabo “pesado” de telecomunicações.
A degradação de nossas ruas é evidente, cabos e fios de toda espécie alimentam o varal criado pela rede de distribuição de energia elétrica.
Até quando seremos obrigados a conviver com essa monstruosidade?

Cascaes
21.1.2013

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