terça-feira, novembro 27, 2012

Anarquia técnica e más influências



Critérios ideológicos aplicados universalmente estão mostrando seus resultados. Temos guerras que não terminam porque os mercadores de armas as mantêm alimentadas e a escravidão reaparece com a provocação criada pela super-competição entre países com culturas e convicções diferentes, mas subordinados ao consumismo e modismos ditados pelos seus cidadãos mais alienados.
A humanidade volta-se para religiões novas na esperança de obter perdão para seus excessos, isso é mais fácil do que simplesmente corrigir seus comportamentos.
A crise econômica, resultado natural desse clima libertino [ (Assalto ao Poder - O Crime Organizado, 2012), (Trabalho Interno)] atual está deixando muitos países sérios preocupados. Afinal, quando terminará? Os famosos comentaristas econômicos erraram em quase tudo, com pouquíssimas exceções. O ideal seria tirar do ar esses programas e colocar médiuns e pessoas com dons de visualizar o futuro... com certeza o resultado será melhor.
A visão monetarista e capitalista radical afetou nos constituintes em 1988 e assim esqueceram atividades essenciais que mereceriam verbetes mais elaborados. As aplicações rigorosas de seus termos e a regulamentação mal feita resultaram em pesadelos que se mantêm graças a propagandas caríssimas nos meios de comunicação comerciais.
O Setor Elétrico no Brasil era um espaço de ouro para investidores, e agora? É um bom exemplo disso tudo, transforma-se em estrutura a serviço de quem pagar mais pelas concessões ou o quê? O tema está em discussão no Congresso Nacional, torcemos para que a máxima inteligência e competência sejam usadas para correções mais do que necessárias.
Com uma Medida Provisória mal feita (As Incoerências da MP 579) com certeza ela cria uma insegurança enorme no “mercado”. E as outras concessões e direitos de exploração? Os royalties, como serão? É bom por a “barba de molho”...
Não é momento para errar. Mais ainda, não se deve provocar a fúria dos tempos. A marola é forte e venta muito. Quem entende sabe que o tempo pode piorar.
Nosso Governo Federal deu um tiro na mosca baixando os juros, mas insiste em decisões que fizeram do Brasil um pesadelo, como, por exemplo, atrasar obras de infraestrutura e estimular a compra de automóveis. Que sindicato forte.
Pelo menos, nem que seja para agradar a mídia e seus patrocinadores, as obras para a Copa do Mundo continuam, que beleza, vamos poder receber os estrangeiros com uma qualidade muitíssimo superior àquela dada ao nosso povo.
E a corrupção?
Nossa Presidenta deve estar preocupada. Isso era visível em sua expressão na posse do Dr. Joaquim Barbosa na Presidência do STF. Talvez já soubesse que gente em quem confiava estava enlameando seu governo, pelo menos é o que os primeiros inquéritos dizem. Ela tem muito para se desgastar, que herança recebeu.
Pior ainda, as recomendações dessa gente colocam em dúvida toda a estrutura técnica do Governo Federal. Quem indicou os outros componentes das agências, ministérios e secretarias poderosas?
Felizmente a greve da Polícia Federal terminou.
O cuidado é não acrescentar a tudo isso decisões técnicas erradas. Alguns serviços vão muito além de simples continhas. A Lei 8666/93 sinalizou mal e foi pessimamente regulamentada num mundo que se transforma rapidamente. Toda cautela é pouca com as grandes instalações. Na discussão e aprovação desta lei os bons engenheiros certamente não foram ouvidos, muito menos especialistas em editais e malandragens que costumam conter. Diploma e acervo técnico não é tudo e a segurança do que é feito depende demais da experiência de profissionais calejados, aliás, dispensados nos PDVs inacreditáveis.
Não podemos nem devemos querer o sucesso rápido, poderemos ficar no escuro e com poucas divisas se insistirmos em viabilizar um Brasil primário em detrimento de setores essenciais e que poderiam ser fonte de altíssima tecnologia nacional (se forem empresas que tenham o cuidado de registrar o que inventarem no Brasil em nome, pelo menos como parceiros, de algum fundo nacional de pesquisa e desenvolvimento, que não existe). O patrimônio representado pela “propriedade Intelectual” pode valer muito, compensando desmatamentos e uso predatório de nosso território. Na história das grandes nações esse capítulo foi seguido à risca. Abertura? Só depois de terem garantias de manutenção do essencial.
Sim, tudo pode ser substituído por uma força armada semelhante à das grandes potências, podemos? Aí até a qualificação de risco teme a decisão do Presidente da República... Nossos papeis? Os especuladores decidem.
Para um desenvolvimento sadio e contínuo o Brasil deve, simplesmente, viabilizar suas obras estruturais, essenciais a seu desenvolvimento. Lamentavelmente só agora o modelo criado com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética - EPE) começa a ser replicado em outros setores [exemplo: (Empresa de Planejamento e Logística (EPL) vai estruturar projetos de transporte)]. Com certeza também existe a necessidade de um imenso aprimoramento educacional, não será pequeno.
A educação técnica, por exemplo, é um peixe fora da água no MEC.
Infelizmente prioridades erradas são autênticos desastres. Tudo precisa seguir um plano estratégico bem feito, cauteloso, mas nem tanto. Perdemos tempo demais nesses séculos de subdesenvolvimento, pior ainda, formamos uma cultura passiva e derrotista. A corrupção é um câncer em fase de metástases.
Agora temos o resultado do inferno: dinheiro desperdiçado com a corrupção e lógicas de agiotagem desperdiçaram uma década boa.
O Setor Elétrico está sendo a primeira vítima dessa desorientação, e depois?
Cascaes
26.12. 2012
Amorim, C. (2012). Assalto ao Poder - O Crime Organizado. Rio de Janeiro -São Paulo: Record.
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
Empresa de Pesquisa Energética - EPE. (s.d.). Fonte: EPE: http://www.epe.gov.br/Paginas/default.aspx
Ferguson, C. (s.d.). Trabalho Interno. Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2012/01/trabalho-interno.html
Streit, R. (s.d.). Empresa de Planejamento e Logística (EPL) vai estruturar projetos de transporte. Fonte: Ag~encia CNT de Notícias: http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=8469


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