segunda-feira, setembro 24, 2012

o progresso depende umbelicalmente da energia


Luis

Por diversas fontes sabia que o cálculo de tarifas tinha falhas e o excesso de encargos e impostos fazia da energia elétrica algo caro.
O que incomoda é pensar:
Existirá energia sobrando com as novas usinas?
É bom estimular o uso de energia elétrica sem critérios de resultados econômicos e sociais?
O Brasil deve investir para exportar lingotes de ferro, alumínio etc.?
A indústria do papel precisa disso?
Racionalizar o uso da energia (qualquer tipo) deveria ser a tônica do século 21, caminhamos em sentido contrário.
Na distribuição de energia, por exemplo, seria a hora de se promover a reurbanização de nossas cidades enterrando as linhas de distribuição, telefonia etc.
Enquanto o Governo fala em reduzir o custo Brasil permite que as emissoras de TV deduzam do Importo de Renda o tempo do TRE, impões a utilização de ponto eletrônico (os trabalhadores serão chipados?) e colocam regras para os caminhoneiros impossíveis (custo da fiscalização?) etc.
O Governo Dilma só quebrando as pernas da agiotagem nacional fez algo extraordinário, mas de vez em quando ataca errado.
Para quê incentivos à indústria automobilística, para deixar os prefeitos malucos?
Ainda há muita incoerência...
Em tempo, os eletrointensivos mandam mais do que o Carlinhos Cachoeira.
Cascaes



De: Ricardo Antonio Balestra Balestra <balestraricardo@yahoo.com.br>
Para: Luis Eduardo Knesebeck <luis_eduardo_knesebeck@yahoo.com.br>
Cc: João Carlos Cascaes <jccascaes@onda.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 17 de Setembro de 2012 17:15
Assunto: Re: Energy report PSR

Prezados:

A propósito da discussão iniciada pelo meu amigo Luis Eduardo Knesebeck, da COPEL, e replicada na manifestação posterior do sempre participativo Dr. João Carlos Cascaes, nosso ex-presidente - e sempre defensor - dessa que hoje é uma das mais admiradas empresas estatais brasileiras, quero me manifestar sobre o movimento que a imprensa está fazendo contra a redução das tarifas energéticas no Brasil.   

Antes de tudo, insta ver-se que as grandes concessionárias particulares premiadas na privataria do FHC, cuja privatização deu-se a preço de banana, não vêm aumentando seus potenciais, nem realizando novos empreendimentos, e também não têm nenhum compromisso social. Mais: elas não têm nenhuma preocupação com o presente nem com o futuro do País. Mais: não têm realizado obras de vulto, só fazem manutenção corretiva e não agregam quase nada ao patrimônio que receberam; quase de graça, relembro.

Assim, diante das últimas medidas da Presidente Dilma, imprescindíveis à retomada do crescimento e com vistas também ao enfrentamento da inflação - num mundo que vem dando sérias demonstrações de desaquecimento econômico -, as concessionárias (tanto as de geração quanto as de transmissão e as de distribuição), com irrestrito apoio das estatais estaduais que sobreviveram à desestadização do PSDB, criaram um lobby na imprensa para tentar tirar vantagens da decisão presidencial.

Desnecessário dizer que a grande maioria da imprensa brasileira - com raríssimas exceções - sempre está disposta a ganhar mais algum  vendendo a Pátria e a entregando com uma maçã na boca. O Sardenberg, da CBN (e portanto, da Globo), é o melhor exemplo que me vem à cabeça...

Essa discussão está se avolumando e, com a sua ampliação na nossa famigerada imprensa marrom, isso está indo ao encontro dos interesses das concessionárias, que querem tirar uma casquinha (ou alguns bilhões de reais) para se acalmar. 

De início, como sabemos que o progresso depende umbilicalmente da energia, acho que agora não é hora de discutirmos o impacto de mais energia no nosso meio ambiente, mas sim de criarmos mais condições de melhor vida para as pessoas e de ampliar a disponibilidade energética para os agentes do desenvolvimento. Sobretudo porque a nossa matriz energética - a hidroenergia - ainda é a mais barata e a menos poluente dentre as que são utilizadas no mundo todo. A França, o Japão, Itália, os EUA e outros que se obrigaram a escolher a energia atômica que o digam...

Consequentemente, considerando que o Brasil só tem a ganhar com as medidas governamentais que reduzem o preço do kWh em todos os setores da vida nacional, entendo que os formadores de opinião devem mais é refutar - com fatos e dados - o lobby formado pelas concessionárias para se contraporem à decisão da Presidente Dilma.

Afinal, a China hoje só é grande exportadora de bens industrializados porque ali a energia é vendida a preços de custo; o que também faz a Rússia, especialmente na Sibéria, para manter a indústria daquela região.

Abraços.

Ricardo Balestra  

Ricardo Balestra
Rua da Paz, 393, apt. 42, Centro
Tels.: 55 - 41 - 9681-6899 e 3024-8552)
80060-160 - Curitiba, PR, BR

--- Em seg, 17/9/12, Luis Eduardo Knesebeck <luis_eduardo_knesebeck@yahoo.com.br> escreveu:

De: Luis Eduardo Knesebeck <luis_eduardo_knesebeck@yahoo.com.br>
Assunto: Energy report PSR
Para: "Ricardo Antonio Balestra Balestra" <balestraricardo@yahoo.com.br>, "Joao Cascaes" <jccascaes@onda.com.br>, "Leonildo Casas" <leonildo.casas@gmail.com>, "leoholz@yahoo.com" <leoholz@yahoo.com>
Data: Segunda-feira, 17 de Setembro de 2012, 11:23

Publicação da empresa que fez o cálculo comparativo com o da EPE sobre a redução esperada nas tarifas de energia elétrica nesta recente restruturação do setor elétrico. Para especialistas.

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Luis Eduardo Knesebeck


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